Eva era filha única de Benjamin
Hart e Esther Bloomfield. Foi educada no
St. Mary’s Convent (mais tarde St. Mary’s Hare Park) em Gidea
Park, Londres. No começo de 1912, Benjamin decidiu pegar na sua família e
emigrar para Winnipeg, onde planeava abrir uma farmácia.
Hart tinha sete anos de idade,
quando embarcou com os pais no “Titanic”, como passageiros da segunda
classe, em 10 de Abril de 1912, em Southampton. Eles tinham originalmente
reservado passagens no navio “Philadelphia”, mas a greve dos mineiros de
carvão em Southampton naquela Primavera impediu-os de iniciar a viagem e muitos
dos passageiros foram transferidos para o “Titanic”. Quase
instantaneamente, a mãe sentiu-se desconfortável com o “Titanic” e temia
que alguma catástrofe acontecesse. Chamar um navio de «inafundável» era,
na sua mente, o mesmo que rir no rosto de Deus. Com tamanho temor, ela dormia
apenas durante o dia e, de noite, ficava acordada na sua cabine completamente
vestida.
Eva estava a dormir quando o “Titanic”
atingiu o iceberg às 23h40 de 14 de Abril. A mãe estava acordava e sentiu «um
pequeno solavanco». Ela imediatamente pediu que o marido investigasse o
ocorrido e, assim, ele deixou a sua cabine. Ao voltar, contou a colisão para
sua esposa e filha e, após cobrir estra com um cobertor, levou-a ao colo até ao
convés dos botes. Ele colocou a esposa e a filha no Bote 14 e disse: «Seja
uma boa menina e segure a mão da mamã». Foi a última coisa que ele disse à
Eva e a última que ela o viu.
Ela e a mãe foram resgatadas pelo
“Carpathia” e chegaram a Nova Iorque em 18 de Abril. O pai pereceu e o seu
corpo, se recuperado, nunca foi identificado.
Logo depois de chegarem a Nova
Iorque, ela e a mãe voltaram para o Reino Unido e Esther, posteriormente, voltou
a casar. Eva foi atormentada por pesadelos e, em consequência da morte de sua
mãe em 1928, quando tinha 23 anos, enfrentou os seus medos de frente, ao
reservar um bilhete num navio de passageiros em direcção a Cingapura e,
trancando-se na sua cabine durante quatro dias consecutivos, até que um
tripulante a fez subir ao convés.
Eva Hart morreu na sua casa em
Chadwell Heath, duas semanas após o seu 91º aniversário. Com a sua morte, restam
apenas oito sobreviventes do “Titanic”. Em sua homenagem, um pub em
Chadwell Heath tem o nome de'he Eva Hart.
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