Piloto e líder de um esquadrão da
força aérea indiana, Sharma passou sete dias em órbita, a bordo da estação Salyut
7, realizando fotografias multiespectrais do noroeste da Índia, tendo em
vista o planeamento da construção de diversas fábricas hidreléctricas nas
encostas indianas do Himalaia. Ainda a bordo da Salyut, foi o primeiro a
experimentar elaboradas sessões de ioga em gravidade zero.
Ele foi protagonista de um famoso
incidente diplomático ocorrido na missão, acontecido durante a sua conversa em
órbita com a primeira-ministra Indira Gandhi. Perguntado por ela como a Índia
se parecia vista do espaço, Sharma respondeu que parecia melhor que todo o
resto do mundo, frase inicial de um conhecido poema indiano, mas que causou
constrangimento entre os seus companheiros soviéticos e com os directores do
programa espacial.
De volta da missão, recebeu a
condecoração de Herói da União Soviética e a maior condecoração civil da
Índia, a Ashoka Chakra, juntamente com os tripulantes soviéticos Gennady
Strekalov e Yuri Malyshev.
Hoje, retirado das operações na
força aérea, faz parte do grupo de cientistas espaciais indianos reunidos pela Organização
de Pesquisa Espacial da Índia, que recebeu do governo o sinal verde
para a ampliação dos estudos e experiências capazes de levar uma nave tripulada
indiana ao espaço, no futuro.
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