Até custa acreditar
Ver tanta gente a sofrer;
Dá vontade de chorar
Por nada poder fazer.
Manuel Groca Piteira
MISÉRIA
(décimas)
I
Há tanta fome no Mundo
Tanta riqueza esbanjada
Tanta gente revoltada
Com sofrimento profundo
A viver num meio imundo.
Tanta gente a suspirar
P’la morte que vai chegar
Eles nem foram crianças
Nunca tiveram esperanças
Até custa acreditar
II
Morte p’ra eles é um “bem”
Mas leva tempo a chegar.
Passam a vida a penar
Sem carinho de ninguém
Por vezes sem pai nem mãe
Sofrem desde o sol nascer
Até o dia morrer.
Nada está a melhorar
E a nós custa olhar
Ver tanta gente a sofrer
III
À pobreza envergonhada
Gostaria de oferecer
Roupas e pão p’ra comer
(Quase se sente culpada
De viver assim sem nada)
Dêem-me armas p’ra lutar
E esta injustiça acabar
Senão serei impotente
E ao olhar esta gente
Dá vontade de chorar
IV
Cabe a cada um de nós
Na nossa Vila ou Cidade
Lutar pela igualdade
Erguendo a nossa voz
Por quem sofre tanto a sós
(Assim não poderá ser
Tanta gente a querer morrer)
Lutemos todos p’lo Bem
P’ra não sofrermos também
Por nada poder fazer.
Gabriel de Sousa
Ver tanta gente a sofrer;
Dá vontade de chorar
Por nada poder fazer.
Manuel Groca Piteira
MISÉRIA
(décimas)
I
Há tanta fome no Mundo
Tanta riqueza esbanjada
Tanta gente revoltada
Com sofrimento profundo
A viver num meio imundo.
Tanta gente a suspirar
P’la morte que vai chegar
Eles nem foram crianças
Nunca tiveram esperanças
Até custa acreditar
II
Morte p’ra eles é um “bem”
Mas leva tempo a chegar.
Passam a vida a penar
Sem carinho de ninguém
Por vezes sem pai nem mãe
Sofrem desde o sol nascer
Até o dia morrer.
Nada está a melhorar
E a nós custa olhar
Ver tanta gente a sofrer
III
À pobreza envergonhada
Gostaria de oferecer
Roupas e pão p’ra comer
(Quase se sente culpada
De viver assim sem nada)
Dêem-me armas p’ra lutar
E esta injustiça acabar
Senão serei impotente
E ao olhar esta gente
Dá vontade de chorar
IV
Cabe a cada um de nós
Na nossa Vila ou Cidade
Lutar pela igualdade
Erguendo a nossa voz
Por quem sofre tanto a sós
(Assim não poderá ser
Tanta gente a querer morrer)
Lutemos todos p’lo Bem
P’ra não sofrermos também
Por nada poder fazer.
Gabriel de Sousa
Sem comentários:
Enviar um comentário