sexta-feira, 30 de maio de 2008

EFEMÉRIDEMikhaïl Aleksandrovitch Bakunine, filósofo, revolucionário e teórico do anarquismo, de nacionalidade russa, nasceu em Priamoukhino no dia 30 de Maio de 1814. Faleceu em Berna, na Suiça, em 1 de Julho de 1876.
Filho de ricos proprietários de terras, estudou Filosofia a partir de 1837, tendo seguido também um curso na Universidade de Berlim três anos mais tarde. Começou aqui a sua actividade política. De 1842 a 1848 viajou pela Europa, onde conheceu Karl Marx, Friedrich Engels e Proudhon.
Em 1849 foi preso e condenado à morte por uma insurreição em Dresden. A pena foi comutada em prisão perpétua, sendo depois entregue ao governo russo, tendo ficado preso em São Petersburgo. Os anos que passou em regime prisional degradaram a sua saúde. Sofreu de escorbuto e caíram-lhe todos os dentes. O coração e o fígado foram também afectados e por vezes já nem comia. Com a morte do czar Nicolau 1º, o regime russo liberalizou-se e a pena de Bakunine foi transformada em deportação perpétua na Sibéria. Acabou por se evadir para o Japão, fixando-se na Suiça depois de passar por vários países europeus.
Em 1868 disputou a liderança da Associação Internacional de Trabalhadores com Karl Marx e, em 1872, desentendeu-se com ele por motivos ideológicos, acabando por ser expulso daquela organização. Bakunine defendia que as energias revolucionárias deveriam ser concentradas na destruição das “coisas”, no caso o Estado, e não das “pessoas”.
Depois daquele rompimento, Bakunine planeou a construção de uma associação para unir os anarquistas de todos o Mundo. Acabou por criar apenas grupos anarquistas em vários países, repassando para outros anarquistas, que se viriam a tornar célebres, as tradições anti-autoritárias e mutualistas, bem assim como o carácter descentralizador da sua ideologia.
Após a morte de Bakunine, diversos acontecimentos políticos com influência anarquista puderam ainda er notados, como a insurreição de 1918 no Rio de Janeiro, cujo movimento sindical era maioritariamente composto por anarquistas, a guerra civil em Espanha e a revolução espanhola em 1936, que seria a derradeira e última revolução de ideologia anarquista.
Bakunine deu sempre prioridade à luta revolucionária, não tendo tido propriamente tempo para construir uma “obra”. Os seus textos eram escritos à pressa, para melhor responder às necessidades revolucionárias do momento. Muitos dos seus trabalhos ficaram inacabados e outros perderam-se após a sua morte.

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