EFEMÉRIDE – Johan August Strindberg, pintor, romancista e dramaturgo sueco, morreu em Estocolmo no dia 14 de Maio de 1912, vítima de doença oncológica. Nascera na mesma cidade em 22 de Janeiro de 1849. Faz parte da lista dos escritores suecos mais notáveis e é um dos “pais” do teatro moderno. As suas obras estão classificadas entre duas correntes literárias principais: a Naturalista e a Expressionista.
Chegou a frequentar a Universidade de Upsala, mas deixou-a para ser jornalista e actor. Aos vinte e cinco anos foi trabalhar para a Biblioteca Real o que lhe deu um certo desafogo económico. Nas suas primeiras peças teatrais transparecem sinais duma personalidade amarga e torturada, reflexo do seu carácter nevrótico e da sua hipersensibilidade, que levariam aliás ao fracasso dos seus três casamentos.
O casamento e a família eram valores que estavam sob tensão na época de Strindberg, enquanto a Suécia se industrializava e se urbanizava a um ritmo alucinante. Questões como a prostituição e a moral eram apaixonadamente debatidas entre os escritores e os políticos.
Strindberg era muito popular entre a classe operária e também nos países socialistas. Foi socialista, porventura mesmo anarquista. Renegaria no entanto o socialismo em 1880, ao descobrir Nietzsche com quem se correspondeu. Abandonaria também as suas ideias, voltando-se então para o misticismo.
O seu romance “O Quarto Vermelho”, publicado em 1879, tornou-o célebre. Um seu período psicologicamente mais conturbado terminou com a publicação de um livro original em língua francesa (“Inferno” – 1897).
Sabe-se muito pouco, quase nada, das suas outras actividades: a pintura, a fotografia, a alquimia e a telegrafia.
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