EFEMÉRIDE – Isadora Duncan, nome artístico de Dora Angela Duncanon, bailarina americana, precursora da dança moderna, nasceu em São Francisco no dia 26 de Maio de 1877. Morreu em Nice, em 14 de Setembro de 1927. Ao promover uma dança completamente diferente do ballet clássico, inspirou-se em movimentos da própria natureza - ventos, palmeiras - e em poses e atitudes encontradas em cerâmicas e esculturas da Antiga Grécia. Propôs uma dança livre de espartilhos, meias e sapatilhas de pontas, apresentando-se em coreografias a solo, descalça e vestida com túnicas de seda, por vezes quase nua, com o corpo dissimulado apenas por ligeiros véus. Utilizou nos seus trabalhos músicas consideradas não apropriadas para a dança, como peças de Chopin e de Wagner, que na época eram executadas apenas para serem ouvidas.
Em 1895 tinha-se tornado membro de uma companhia de teatro em Nova Iorque, mas decepcionou-se com esta actividade. A sua carreira de dançarina e professora veio a desenvolver-se sobretudo na Europa onde obteve grande sucesso. Fundou várias escolas de dança tanto nos Estados Unidos como na Europa, nomeadamente na Rússia. A sua tentativa de levar também os rapazes à prática da dança foi então um falhanço. Tornou-se de tal modo conhecida que inspirou numerosos artistas e autores, nas suas criações em esculturas, jóias, poesias, romances, fotografias e pinturas.
Em 1922, para mostrar a sua adesão à experiência social e política da nova União Soviética, instalou-se em Moscovo. A incapacidade do governo em suportar as suas “proposições extravagantes”, combinada com as condições de vida austeras e difíceis no país, levaram-na a voltar ao Ocidente em 1924.
Sofreu vários desgostos na vida. Dois filhos morreram em 1913 afogados no interior duma viatura que caiu ao rio Sena e o poeta russo Sergueï Essenine, seu marido, deixou-a e suicidou-se em 1925.
Morreu tragicamente em 1927, meses depois de ter publicado a autobiografia “Minha Vida”, quando o seu véu ficou preso nas rodas do carro que a transportava.
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