EFEMÉRIDE – Iara Iavelberg, psicóloga, professora universitária e militante da luta armada contra a ditadura militar, brasileira de origem judaica, nasceu em São Paulo no dia 7 de Maio de 1944. Morreu em Salvador, Bahia, em 20 de Agosto de 1971.
Pertenceu a quatro organizações clandestinas de combate à ditadura: Polop, VAR-Palmares, Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) e Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8). Durante a sua militância no MR-8, tornou-se companheira de Carlos Lamarca, com quem se refugiou na Bahia em 1971. O namoro fora tumultuoso, em virtude dos ciúmes de Carlos pelos ex-namorados de Iara e pelo sentimento de culpa dele por estar traindo a mulher, que mandara com os filhos para Cuba.
Iara Iavelberg casara aos dezasseis anos, mas cinco anos depois continuava virgem. Separou-se, vencendo a rígida educação judaico-moralista. Entre os seus ex-namorados, contou-se o deputado José Dirceu.
Iara entregava panfletos às portas das fábricas e pinchava nos muros e paredes frases e desenhos anti-ditadura. Nas reuniões clandestinas, ajudava também na cozinha.
Até hoje, as causas e até a data da sua morte continuam envoltas em mistério. A data oficial é contestada segundo um relatório do Ministério da Aeronáutica, segundo o qual ela se teria suicidado em 6 de Agosto, acossada pela polícia numa residência em Salvador.
Por outro lado, outros militantes, presos no DOI-Codi de Salvador, dizem ter ouvido os seus gritos enquanto era torturada, o que por sua vez também contradiz a versão do Ministério da Marinha, segundo a qual ela teria sido abatida durante uma “acção de segurança”.
A sua família luta desde 1998, sobretudo contra as autoridades que administram o cemitério judaico, para que o corpo de Iara seja exumado e que um exame pericial determine as reais causas de sua morte. O suicídio é considerado um dos mais graves crimes pela lei judaica, sendo os corpos dos suicidas enterrados em local separado e considerado desonroso.
O corpo de Iara fora entregue pelos militares aos parentes, um mês depois de sua morte, num caixão lacrado. Os militares proibiram que ele fosse aberto.
O Instituto de Psicologia de São Paulo onde ela estudou, prestou-lhe homenagem dando-lhe o nome ao seu Centro Académico.
A sua vida está contada em livro (“Iara” de Judith Patarra – 1992) e em filme (“Lamarca” de Sérgio Rezende – 1993).
Pertenceu a quatro organizações clandestinas de combate à ditadura: Polop, VAR-Palmares, Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) e Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8). Durante a sua militância no MR-8, tornou-se companheira de Carlos Lamarca, com quem se refugiou na Bahia em 1971. O namoro fora tumultuoso, em virtude dos ciúmes de Carlos pelos ex-namorados de Iara e pelo sentimento de culpa dele por estar traindo a mulher, que mandara com os filhos para Cuba.
Iara Iavelberg casara aos dezasseis anos, mas cinco anos depois continuava virgem. Separou-se, vencendo a rígida educação judaico-moralista. Entre os seus ex-namorados, contou-se o deputado José Dirceu.
Iara entregava panfletos às portas das fábricas e pinchava nos muros e paredes frases e desenhos anti-ditadura. Nas reuniões clandestinas, ajudava também na cozinha.
Até hoje, as causas e até a data da sua morte continuam envoltas em mistério. A data oficial é contestada segundo um relatório do Ministério da Aeronáutica, segundo o qual ela se teria suicidado em 6 de Agosto, acossada pela polícia numa residência em Salvador.
Por outro lado, outros militantes, presos no DOI-Codi de Salvador, dizem ter ouvido os seus gritos enquanto era torturada, o que por sua vez também contradiz a versão do Ministério da Marinha, segundo a qual ela teria sido abatida durante uma “acção de segurança”.
A sua família luta desde 1998, sobretudo contra as autoridades que administram o cemitério judaico, para que o corpo de Iara seja exumado e que um exame pericial determine as reais causas de sua morte. O suicídio é considerado um dos mais graves crimes pela lei judaica, sendo os corpos dos suicidas enterrados em local separado e considerado desonroso.
O corpo de Iara fora entregue pelos militares aos parentes, um mês depois de sua morte, num caixão lacrado. Os militares proibiram que ele fosse aberto.
O Instituto de Psicologia de São Paulo onde ela estudou, prestou-lhe homenagem dando-lhe o nome ao seu Centro Académico.
A sua vida está contada em livro (“Iara” de Judith Patarra – 1992) e em filme (“Lamarca” de Sérgio Rezende – 1993).
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