EFEMÉRIDE – José Ortega y Gasset, filósofo, sociólogo, ensaísta, jornalista e político espanhol, faleceu em Madrid no dia 18 de Outubro de 1955. Nascera na mesma cidade em 9 de Maio de 1883.
A família da parte da mãe era proprietária do jornal “El Imparcial” e o pai era escritor, jornalista e director daquele mesmo periódico. Um seu familiar foi também fundador do “El Pais”, um dos jornais europeus com mais prestígio.
Começou por estudar em Madrid, tirou o bacharelato num colégio jesuíta de Málaga e licenciou-se e doutorou-se em Filosofia na Universidade Central de Madrid (1904).
Procurando vias para a modernização do seu país, foi estudar para a Alemanha em 1905, tendo estado em Leipzig e Berlim, antes de se fixar em Malburg.
Em 1910, veio ocupar a cátedra de Metafísica na Universidade Central de Madrid e em 1914 publicou o seu primeiro livro “Meditaciones del Quijote”. Em 1917 começou a colaborar no “El Sol”, onde publicou os ensaios “España invertebrada” (1921) e “La rebelión de las massas” (1930). Fundou várias revistas, tais como: “Faro” (1908), “España” (1915/24), “Europa” (1915), “El Espectador” e a “Revista de Occidente” (1923), vocacionada para traduzir, comentar e divulgar grandes filósofos contemporâneos.
Após se desentender com os políticos em 1933, retirou-se definitivamente da política e fugiu para França onde ficou até 1939. Exilou-se depois na Argentina e mais tarde em Portugal, tendo mantido um longo silêncio acerca dos conturbados tempos que se viviam em Espanha.
Regressou ao seu país em 1946, na esperança que o fim da guerra e a derrota alemã trouxessem a Democracia à sua Pátria. Foi-lhe diagnosticada entretanto uma doença do foro oncológico, que veio a causar-lhe a morte em Outubro de 1955. Morreu isolado, controverso e incompreendido.
O funeral, porém, organizado por estudantes que acorreram em massa, terá sido a primeira grande manifestação política contra o regime franquista.
O pensamento liberal de Ortega y Gasset seria depois reivindicado por intelectuais franquistas, que se vinham opondo progressivamente ao regime e que aderiram mais tarde à transição democrática espanhola “pós Franco”.
Sem comentários:
Enviar um comentário