quarta-feira, 29 de outubro de 2008

EFEMÉRIDEJoseph Pulitzer, jornalista e editor norte-americano, morreu em Charleston no dia 29 de Outubro de 1911. Nascera em Makó, na Hungria, em 10 de Abril de 1847.
Tendo por origem uma família judaica abastada, foi educado em escolas privadas de Budapeste. Com dezassete anos decidiu tornar-se militar, mas não conseguiu ingressar no exército devido à sua “saúde demasiadamente frágil e a uma visão fraca”. Decidiu então emigrar para os Estados Unidos, onde serviu nas fileiras do exército federal durante a Guerra de Secessão.
Pulitzer falava correctamente Alemão, Francês e Húngaro, embora tivesse muitas dificuldades no Inglês. Depois da guerra, trabalhou em St. Louis, exercendo profissões modestas, como carregador, bagageiro e empregado de mesa, mas simultaneamente estudava, de modo autodidáctico, Inglês e Direito, participando também em actividades políticas.
Em 1866 conseguiu o primeiro emprego como repórter no jornal alemão “Westliche Post" e, cinco anos depois, adquiriu uma parte da sociedade deste jornal. Com 25 anos, Joseph tornou-se editor e, em 1874, foi correspondente do “New York Sun” em Washington. Em 1878, criou o “Post-Dispatchs” em St. Louis, com a fusão de dois jornais, o “Dispatch” e o “Evening Post”, tornando-se uma figura notável no panorama jornalístico americano. No mesmo ano casou-se com uma americana da alta sociedade, o que lhe conferiu um estatuto social ainda mais elevado.
Mudou-se entretanto para Nova Iorque e, em 1883, comprou o jornal “The World”, que se tornou um dos órgãos de informação mais importantes da época. Revolucionou o funcionamento dos jornais, com a adopção de novas técnicas. Praticou um jornalismo rigoroso, tendo divulgado e combatido a corrupção. Colocou-se ao lado dos operários e dos pobres nas suas lutas pela melhoria das condições de vida e atacou as grandes companhias e os monopólios.
Ao mesmo tempo, era criticado por preencher as colunas do seu jornal com notícias sensacionais, a que juntava algumas inovações como cartoons e páginas dedicadas ao desporto e às mulheres. Utilizava abundantemente imagens, gráficos, cor, publicidade e ainda títulos em letras garrafais. Nos anos 1890 foi acusado de se servir do destaque de certos títulos sensacionalistas para atrair leitores da classe trabalhadora e imigrantes. O seu propósito era aliás esse mesmo.
Pulitzer acreditava que o jornalismo era um serviço público, portanto destinado ao Povo e não para servir os interesses do Poder. A resistência de Joseph Pulitzer a todo o tipo de pressões contribuiu de modo fundamental para a liberdade de imprensa.
Pulitzer ficou cego durante os últimos anos da sua vida e, quando morreu, viajava a bordo do seu iate Liberty, como fazia sempre que o seu estado de saúde piorava. Em 1903, entregara à Universidade de Columbia um milhão de dólares para a abertura de uma Escola de Jornalismo. Instituiu igualmente, por testamento, o prestigioso “Prémio Pulitzer” que tem sido atribuído anualmente, desde 1917, a obras nos domínios do jornalismo, da literatura e da música clássica.

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