EFEMÉRIDE – Vladimir Samoïlovitch Horowitz, virtuoso pianista clássico ucraniano, nasceu em Kiev no dia 1 de Outubro de 1903. Morreu em Nova Iorque, de crise cardíaca, em 5 de Novembro de 1989. É considerado um dos mais brilhantes pianistas de todos os tempos. As suas interpretações mais conhecidas, e tidas como inigualáveis, referem-se a obras que vão desde o barroco, passando pelos românticos Chopin, Schumann e Liszt, até ao moderno Prokofiev.
Teve aulas de piano com sua mãe desde os cinco anos e aos doze ingressou no Conservatório de Kiev. O seu primeiro recital a solo aconteceu em 1920. Começou então a fazer apresentações pela Rússia, sendo muitas vezes pago com pão, manteiga e chocolate em vez de dinheiro, devido à crise económica vivida no país. Durante os anos 1922/23/24 fez vinte e três recitais em Leninegrado. Em 1926, teve lugar a primeira actuação fora do seu país, em Berlim. Depois, tocou em Paris, Londres e Nova York.
Em 1933, Horowitz actuou pela primeira vez com Arturo Toscanini. Os dois tocaram muitas vezes juntos, tanto em espectáculos como em gravações. Justamente em 1933, Horowitz casou-se com a filha de Toscanini, que conhecera durante um recital. Como ela não conhecia nada de russo e Horowitz conhecia muito pouco de italiano, a sua linguagem comum era o francês. Fixou-se nos Estados Unidos em 1939, tornando-se cidadão americano em 1944.
Apesar dos seus recitais serem sempre aclamados pelos espectadores, Horowitz era inseguro e em diversos períodos afastou-se mesmo das actuações públicas (1936-1938, 1953-1965, 1969-1974 e 1983-1985). Dizia-se que, várias vezes, tinha sido necessário empurrá-lo, para o obrigar a entrar em palco. Sofria frequentemente de depressões, tendo feito tratamentos psicológicos e psiquiátricos nos anos 1950, 60 e 70.
Não têm conta as gravações que fez, desde 1930 até 1989, em várias editoras discográficas europeias e americanas. Recebeu inúmeros Prémios Grammy. A última gravação de Horowitz foi feita para a Sony, quatro dias antes de morrer. Os seus restos mortais encontram-se no túmulo da família Toscanini, em Milão.
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