EFEMÉRIDE – Rock Hudson, de seu nome verdadeiro Roy Harold Scherer Junior, actor norte-americano, faleceu em Beverly Hills, Los Angeles, no dia 2 de Outubro de 1985. Nascera em Winnetka, Illinois, em 17 de Novembro de 1925.
A sua vida foi muito agitada. Aos quatro anos foi abandonado pelo pai, sendo educado pela mãe, que vivia com dificuldades e era autoritária, e pelo padrasto que era extremamente violento. Estudou na New Trier High School, de Illinois, fazendo a distribuição de jornais para ganhar algum dinheiro. Aos 18 anos, alistou-se na Marinha, servindo na lavandaria. Entrou para a Universidade e foi aconselhado por um professor a mudar de nome se quisesse seguir uma carreira artística. Tirou várias fotos e enviou-as para vários agentes de Hollywood.
Em 1946, após sair da Marinha, foi para Los Angeles onde, para se sustentar, trabalhou como camionista durante dois anos. Chamou a atenção de um “caçador de talentos”, conheceu um produtor musical e adoptou então o nome artístico de Rock Hudson.
Estreou-se em 1948 no filme “Fighter Squadron” e assinou um contrato com os Estúdios Universal que lhe garantiu a realização de 22 filmes em quatro anos. O seu primeiro grande papel, a chamar atenção da crítica e do público, foi “Sublime Obsessão”.
Com uma óptima apresentação e 1 m 93 de altura, Rock Hudson ia começar uma carreira de sucesso como galã, entrando em vários westerns e comédias, algumas ao lado de Doris Day. Foi nomeado para o Oscar em 1956, pelo filme “Giant”, onde contracenava com James Dean e de Elizabeth Taylor, que se transformaria numa das suas melhores amigas. Ganhou quatro vezes o “Globo de Oiro”.
Nos anos 50 e 60 figurou entre as dez estrelas com maior sucesso de bilheteira no cinema norte-americano. Quando começaram a circular rumores em Hollywood de que, ao contrário do galã romântico que ele interpretava no cinema, a sua orientação sexual seria outra, o seu agente cinematográfico “organizou” o casamento de Rock com a secretária Phyllis Gates. Passaram a lua-de-mel na Jamaica e em Manhattan, e divorciaram-se em 1958.
Nos anos 1970, a carreira de Rock parecia estar a chegar ao fim. Assinou então contrato para uma série televisiva. Para um astro de sua grandeza, era de qualquer modo uma queda. E o pior é que teria de participar em “cenas de sexo” com a actriz Susan St. James. Para ele, era demais. Começou a beber e a descuidar-se. Passou a ser visto mais frequentemente nos meios homossexuais de Los Angeles, São Francisco e Nova Iorque. A sua última aparição no cinema foi em 1984 em “The Ambassador”. Desde o início da década de 1980, já com os primeiros sintomas de Sida, o actor passou a fazer mais séries de televisão.
Rock Hudson só assumiu a sua homossexualidade e a doença, três meses antes de morrer, ao anunciar que doaria 250 mil dólares a uma fundação recém-criada, para fazer pesquisas sobre a Aids (Sida). Também estava a escrever uma biografia, cujo título seria “Minha História”, devendo reverter os direitos de autor integralmente para essa mesma fundação. A América e o Mundo ficaram estupefactos, pois Rock Hudson, tal como James Dean no seu tempo, tinha sido o arquétipo do homem desejado pelas mulheres e evidentemente heterossexual.
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