EFEMÉRIDE – Mathurin Régnier, poeta satírico francês, morreu em Ruão no dia 22 de Outubro de 1613. Nascera em Chartres, em 21 de Dezembro de 1573.
A mãe era irmã do Abade Desportes, poeta bastante conhecido na época. O pai teria gostado que o filho sucedesse ao tio, mas o jovem Mathurin comprometeu a ideia devido a uma conduta bastante desordenada. Frequentava a corte, gostava de comer e de beber bem e não desdenhava dos prazeres do amor, sendo um assíduo frequentador do cabaret parisiense “Pomme de Pin”, local de encontro de poetas satíricos.
Ouvindo muitas vezes o tio a ler poesias, em breve o começou a imitar, fazendo poemas que ridicularizavam a burguesia e os seus vícios. Em 1587, começou a trabalhar com o Cardeal de Joyeuse, em Paris. Em 1595 fez uma primeira viagem a Roma. Dois anos depois, foi pela segunda vez a Roma e ali ficou até 1605, não tirando porém nenhuma vantagem da sua estadia. Triste e desgostoso, regressou à “cidade da luz”.
Encontrou-se com poetas notáveis. Conhecedor de obras de autores antigos e em particular de Horácio, Régnier, dotado de uma rica imaginação, «deu à linguagem francesa uma precisão, uma energia e uma riqueza nova para a época», segundo alguém escreveu então.
A sua vida debochada e boémia impediu-o, no entanto, de ser reconhecido como merecia. Acabou por morrer, perseguido por doenças e por desgostos, numa modesta hospedaria da cidade de Ruão, ainda não tinha quarenta anos.
Bastante tempo mais tarde, foi feita justiça à sua obra: em Chartres, onde nasceu, há uma rua, um monumento e uma escola com o seu nome. Paris não o esqueceu igualmente, dando o nome de Mathurin Régnier a uma rua da capital francesa.
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