EFEMÉRIDE – Miguel Augusto Bombarda, médico psiquiatra e político republicano, morreu em Lisboa no dia 3 de Outubro de 1910. Nascera no Rio de Janeiro em 6 de Março de 1851, tendo-se naturalizado português em 1877.
Estudou na Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, onde viria a ser também professor. Em 1892, foi nomeado director do Hospital de Rilhafoles, onde criara o Laboratório de Histologia em 1887.
Pertencia a várias sociedades médicas e à Academia das Ciências de Lisboa. Notável a sua organização do “Congresso Internacional de Medicina e Cirurgia de Lisboa”, em 1906, ano em que inaugurou igualmente o novo edifício da Escola Médica.
Era um Republicano assumido e acérrimo anti-clerical. Entrou para o Partido Republicano Português em 1909, tendo sido eleito deputado em Agosto de 1910. Era membro do Comité Revolucionário, que viria a implementar a República em Portugal, dois dias depois da sua morte. Foi assassinado com vários tiros, por um demente que tinha o delírio da perseguição, poucas horas antes de eclodir a revolta que levaria ao fim da Monarquia. O seu assassino, que estudara nos Jesuítas e se tornara tenente do exército, estivera internado no Hospital de Rilhafoles e fora também observado em França por várias sumidades da psiquiatria. Correram então boatos, segundo os quais se tratado de um assassinato político, mas nada foi provado.
Miguel Bombarda foi fundador da revista “Medicina Contemporânea” em 1883 e deixou publicados vários escritos, entre os quais “A Contribuição ao Estudo dos Microcéfalos” e “Consciência e Livre Arbítrio” (1898).
Sem comentários:
Enviar um comentário