EFEMÉRIDE – Ana Montenegro, jornalista, militante política e poeta brasileira, faleceu em Salvador no dia 30 de Março de 2006. Foi cremada no Jardim da Saudade. Nascera em Quixeramobim, em 13 de Abril de 1915.
Bem cedo se mudou para o Rio de Janeiro, licenciando-se em Direito e Letras na Universidade Federal. Colaborava então em jornais cariocas como o “Correio da Manhã” e a “Imprensa Popular”. Participou activamente na “Comissão Feminina de Intercâmbio e Amizade” e na “Liga de Defesa Nacional Contra o Fascismo”.
Entre os anos de 1944 e 1947, trabalhou nos periódicos “O Momento” e “Seiva”, ambos editados em Salvador, para onde se havia mudado. Foi militante do Partido Comunista Brasileiro durante mais de 50 anos, a sua ficha de inscrição tendo sido assinada pelo dirigente Carlos Mariguella (1945). Foi co-fundadora do periódico “Movimento Feminino” (1947/1957), editado durante dez anos e que servia de instrumento de divulgação das lutas e conquistas das mulheres brasileiras.
Grande activista do Movimento de Mulheres, foi fundadora da União Democrática de Mulheres da Bahia. De 1959 a 1963, foi cronista em várias revistas e na Rádio Mayrink Veiga. No ano seguinte, assumiu o cargo de redactora da revista “Mulheres do Mundo Inteiro”, órgão da Federação Democrática Internacional de Mulheres, editada também em francês, alemão, espanhol, árabe, inglês e russo. Assinava os seus artigos com o pseudónimo Ana Montenegro, nome que adoptou depois definitivamente.
Com a ascensão do regime militar e da ditadura, foi a primeira mulher a ser exilada (1964), tendo ficado fora do país durante mais de quinze anos, afastada do seu lar e da sua família. Esteve no México, partindo depois para a Europa. Só voltou ao seu país em 1979, voltando a residir em Salvador.
Trabalhou, durante o exílio, em organismos internacionais, como a ONU e a UNESCO, tendo participado em congressos, conferências e seminários pelo mundo fora.
Aos 90 anos, Ana Montenegro ainda afirmava «que a sua luta continuava, pelo pão, pela terra e pelo trabalho, sendo que um país que tem isto tem a liberdade também». Repetia muitas vezes que «respeitar o povo é respeitar as suas necessidades». Além do activismo em defesa da mulher, lutou também durante muitos anos contra o racismo, com um importante trabalho junto da população negra. Escreveu, além de inúmeros artigos e ensaios, diversas obras de entre as quais se salienta: “Ser ou não ser feminista”, “Mulheres - Participação nas lutas populares”, “Uma história de lutas” e “Tempo de exílio”.
Foi assessora da Ordem dos Advogados do Brasil, na secção Baiana, onde actuava na defesa dos Direitos Humanos, e do Fórum de Mulheres de Salvador.
Bem cedo se mudou para o Rio de Janeiro, licenciando-se em Direito e Letras na Universidade Federal. Colaborava então em jornais cariocas como o “Correio da Manhã” e a “Imprensa Popular”. Participou activamente na “Comissão Feminina de Intercâmbio e Amizade” e na “Liga de Defesa Nacional Contra o Fascismo”.
Entre os anos de 1944 e 1947, trabalhou nos periódicos “O Momento” e “Seiva”, ambos editados em Salvador, para onde se havia mudado. Foi militante do Partido Comunista Brasileiro durante mais de 50 anos, a sua ficha de inscrição tendo sido assinada pelo dirigente Carlos Mariguella (1945). Foi co-fundadora do periódico “Movimento Feminino” (1947/1957), editado durante dez anos e que servia de instrumento de divulgação das lutas e conquistas das mulheres brasileiras.
Grande activista do Movimento de Mulheres, foi fundadora da União Democrática de Mulheres da Bahia. De 1959 a 1963, foi cronista em várias revistas e na Rádio Mayrink Veiga. No ano seguinte, assumiu o cargo de redactora da revista “Mulheres do Mundo Inteiro”, órgão da Federação Democrática Internacional de Mulheres, editada também em francês, alemão, espanhol, árabe, inglês e russo. Assinava os seus artigos com o pseudónimo Ana Montenegro, nome que adoptou depois definitivamente.
Com a ascensão do regime militar e da ditadura, foi a primeira mulher a ser exilada (1964), tendo ficado fora do país durante mais de quinze anos, afastada do seu lar e da sua família. Esteve no México, partindo depois para a Europa. Só voltou ao seu país em 1979, voltando a residir em Salvador.
Trabalhou, durante o exílio, em organismos internacionais, como a ONU e a UNESCO, tendo participado em congressos, conferências e seminários pelo mundo fora.
Aos 90 anos, Ana Montenegro ainda afirmava «que a sua luta continuava, pelo pão, pela terra e pelo trabalho, sendo que um país que tem isto tem a liberdade também». Repetia muitas vezes que «respeitar o povo é respeitar as suas necessidades». Além do activismo em defesa da mulher, lutou também durante muitos anos contra o racismo, com um importante trabalho junto da população negra. Escreveu, além de inúmeros artigos e ensaios, diversas obras de entre as quais se salienta: “Ser ou não ser feminista”, “Mulheres - Participação nas lutas populares”, “Uma história de lutas” e “Tempo de exílio”.
Foi assessora da Ordem dos Advogados do Brasil, na secção Baiana, onde actuava na defesa dos Direitos Humanos, e do Fórum de Mulheres de Salvador.
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