Órfão de pai aos seis anos, foi educado pela mãe e por uma irmã mais velha. Originário de uma família aristocrática e tradicionalista, cedo se interessou no entanto pelas causas estudantis e políticas. Diplomou-se em Direito na Universidade de Quioto, em 1954, especializando-se em História Política e em particular na história da Revolução Soviética. Nesse mesmo ano decidiu entrar para uma empresa produtora de filmes, trabalhando como argumentista e assistente de realização. Simultaneamente publicava críticas cinematográficas.
Em 1959, apoiado pela mesma empresa, rodou o seu primeiro filme. Sucederam-se dois outros: “Contos cruéis da juventude” e “O Enterro do Sol” (1960).
Em 1960 o seu filme “Noite e Nevoeiro do Japão” causou escândalo, pois tratava da renovação do tratado americano-japonês e dos impactos políticos e acontecimentos violentos que daí tinham decorrido. Filmado quase sem conhecimento da empresa, foi retirado de exibição quatro dias depois.
Ōshima deixou então aquela companhia, para se lançar na produção independente e em diversas actividades literárias.
Atento aos comportamentos humanos, os seus filmes mais conhecidos são “O Império dos Sentidos” (1976) e “Feliz Natal, Mr. Lawrence” (1983). Muitas das suas obras foram fonte de polémicas tanto no Japão como na Europa, pelo seu aspecto político ou por transgredirem o que era considerado tradicional. O seu estilo e os seus temas trouxeram porém um ar fresco e de renovação ao cinema, sendo Ōshima considerado o principal líder da “Nova Vaga” japonesa.
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