EFEMÉRIDE – Máximo Gorki, pseudónimo de Alekseï Maksimovitch Pechkov, famoso escritor, romancista, dramaturgo, contista e activista político russo, nasceu em Nijni Nóvgorod no dia 28 de Março de 1868. Morreu em Moscovo, em 18 de Junho de 1936, vítima de pneumonia.
Gorki nasceu num meio social pobre, em Nijny Nóvgorod, cidade que em 1932 passou a chamar-se Gorki por ordem de Estaline. O nome da cidade foi revertido para o nome original em 1991. Órfão de pai, foi criado pela mãe e pelo avô materno. Em 1878, quando a mãe faleceu, teve que deixar a casa do avô para ir trabalhar. Foi sapateiro, desenhador e lavou pratos num navio que percorria o Volga. Aqui teve os primeiros contactos com a literatura, através de livros emprestados pelo cozinheiro da embarcação.
Em 1883, com apenas 15 anos, publicou duas histórias, “Romá Gordieiev” e “Os Três”. Um ano mais tarde mudou-se para Kazan, onde tentou cursar gratuitamente a universidade, o que não conseguiu. Frustrado, foi trabalhar como vigia num teatro. Mais tarde tornou-se pescador no mar Cáspio e vendedor de frutas em Astrakan. Como a situação não melhorava, decidiu partir em busca de melhores oportunidades e viajou para Odessa com um grupo de marginais nómadas, que iam de cidade em cidade à procura de emprego. Exerceu várias profissões, sofreu com a miséria, a fome e o frio. Aos 19 anos voltou a Kazan onde, desesperado com a situação, tentou o suicídio com um tiro, que lhe atingiu um dos pulmões. Sobreviveu mas, para piorar a situação, adquiriu a tuberculose. Estas experiências resultarão, anos mais tarde, em dois escritos: “Um incidente na vida de Makar” (1892) e “Como aprendi a escrever” (1912).
Enveredou depois pela política, leu Marx e seguiu os passos de Lenine. Em 1890 foi preso, acusado de exercer actividades subversivas; pouco tempo depois, foi posto em liberdade e voltou a viajar sem destino, acompanhado de indigentes miseráveis.
Publicou o seu primeiro conto em 1892, intitulado “Makar Tchudra” e, para desviar a atenção das autoridades, que o vigiavam, adoptou o pseudónimo Máximo Gorki, o que lhe facilitou um emprego no jornal “Saramarskaia Gazieta”. Por razões políticas foi novamente detido e, ao sair da prisão em 1901, publicou a peça de teatro “Pequenos Burgueses”, que foi representada no ano seguinte, com grande êxito, no Teatro de Arte de Moscovo.
Tomou parte em 1905 na primeira revolução que pretendeu derrubar o Czar Nicolau II da Rússia e, após o fracasso da intentona, foi preso mais uma vez. No ano seguinte, porém, com a ajuda de outros intelectuais e sob fortíssima pressão da comunidade internacional, as autoridades russas foram obrigadas a libertá-lo. Fundou a seguir o jornal “Nóvaia Jizni” (Vida Nova), mas foi obrigado a abandonar a Rússia.
Foi para os Estados Unidos, onde a sua permanência era dificultada pelo embaixador russo. Viajou então para Itália e, em 1906, fixou residência em Capri, onde criou uma escola para imigrantes revolucionários, que esteve em actividade até 1914. Continuou a escrever vários livros, entre eles uma das suas obras-primas “A Confissão” (1908).
Com o início da Grande Guerra, Gorki voltou à Rússia e dirigiu o jornal mensal “Liétopis” (Crónica). Tornou-se grande amigo de Lenine. Em 1921 adoeceu gravemente dos pulmões e voltou para a Itália, em busca de um clima melhor, permanecendo em Sorrento durante vários anos. Continuou sempre a escrever e, apesar da sua amizade com Lenine, só em 1929 regressou à Rússia, onde se fixou definitivamente em 1932, transformando-se de imediato na maior figura literária do regime comunista. Em 1933 fundou, com o apoio de Estaline, o “Instituto de Literatura Máximo Gorki”, uma incrível iniciativa de alguém que não chegou a terminar o ensino secundário e cujo curso superior não passou de uma quimera.
A sua obra está centrada sobretudo no submundo russo, registando com vigor e emoção personagens que integravam as classes excluídas: operários, vagabundos, prostitutas, gente humilde, homens e mulheres do povo, cujos problemas conhecia por dentro, ao contrário da maioria dos outros escritores.
Recebeu a medalha da Ordem de Lenine em 1933 e, no ano seguinte, foi eleito presidente da União dos Escritores Soviéticos.
Gorki nasceu num meio social pobre, em Nijny Nóvgorod, cidade que em 1932 passou a chamar-se Gorki por ordem de Estaline. O nome da cidade foi revertido para o nome original em 1991. Órfão de pai, foi criado pela mãe e pelo avô materno. Em 1878, quando a mãe faleceu, teve que deixar a casa do avô para ir trabalhar. Foi sapateiro, desenhador e lavou pratos num navio que percorria o Volga. Aqui teve os primeiros contactos com a literatura, através de livros emprestados pelo cozinheiro da embarcação.
Em 1883, com apenas 15 anos, publicou duas histórias, “Romá Gordieiev” e “Os Três”. Um ano mais tarde mudou-se para Kazan, onde tentou cursar gratuitamente a universidade, o que não conseguiu. Frustrado, foi trabalhar como vigia num teatro. Mais tarde tornou-se pescador no mar Cáspio e vendedor de frutas em Astrakan. Como a situação não melhorava, decidiu partir em busca de melhores oportunidades e viajou para Odessa com um grupo de marginais nómadas, que iam de cidade em cidade à procura de emprego. Exerceu várias profissões, sofreu com a miséria, a fome e o frio. Aos 19 anos voltou a Kazan onde, desesperado com a situação, tentou o suicídio com um tiro, que lhe atingiu um dos pulmões. Sobreviveu mas, para piorar a situação, adquiriu a tuberculose. Estas experiências resultarão, anos mais tarde, em dois escritos: “Um incidente na vida de Makar” (1892) e “Como aprendi a escrever” (1912).
Enveredou depois pela política, leu Marx e seguiu os passos de Lenine. Em 1890 foi preso, acusado de exercer actividades subversivas; pouco tempo depois, foi posto em liberdade e voltou a viajar sem destino, acompanhado de indigentes miseráveis.
Publicou o seu primeiro conto em 1892, intitulado “Makar Tchudra” e, para desviar a atenção das autoridades, que o vigiavam, adoptou o pseudónimo Máximo Gorki, o que lhe facilitou um emprego no jornal “Saramarskaia Gazieta”. Por razões políticas foi novamente detido e, ao sair da prisão em 1901, publicou a peça de teatro “Pequenos Burgueses”, que foi representada no ano seguinte, com grande êxito, no Teatro de Arte de Moscovo.
Tomou parte em 1905 na primeira revolução que pretendeu derrubar o Czar Nicolau II da Rússia e, após o fracasso da intentona, foi preso mais uma vez. No ano seguinte, porém, com a ajuda de outros intelectuais e sob fortíssima pressão da comunidade internacional, as autoridades russas foram obrigadas a libertá-lo. Fundou a seguir o jornal “Nóvaia Jizni” (Vida Nova), mas foi obrigado a abandonar a Rússia.
Foi para os Estados Unidos, onde a sua permanência era dificultada pelo embaixador russo. Viajou então para Itália e, em 1906, fixou residência em Capri, onde criou uma escola para imigrantes revolucionários, que esteve em actividade até 1914. Continuou a escrever vários livros, entre eles uma das suas obras-primas “A Confissão” (1908).
Com o início da Grande Guerra, Gorki voltou à Rússia e dirigiu o jornal mensal “Liétopis” (Crónica). Tornou-se grande amigo de Lenine. Em 1921 adoeceu gravemente dos pulmões e voltou para a Itália, em busca de um clima melhor, permanecendo em Sorrento durante vários anos. Continuou sempre a escrever e, apesar da sua amizade com Lenine, só em 1929 regressou à Rússia, onde se fixou definitivamente em 1932, transformando-se de imediato na maior figura literária do regime comunista. Em 1933 fundou, com o apoio de Estaline, o “Instituto de Literatura Máximo Gorki”, uma incrível iniciativa de alguém que não chegou a terminar o ensino secundário e cujo curso superior não passou de uma quimera.
A sua obra está centrada sobretudo no submundo russo, registando com vigor e emoção personagens que integravam as classes excluídas: operários, vagabundos, prostitutas, gente humilde, homens e mulheres do povo, cujos problemas conhecia por dentro, ao contrário da maioria dos outros escritores.
Recebeu a medalha da Ordem de Lenine em 1933 e, no ano seguinte, foi eleito presidente da União dos Escritores Soviéticos.
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