EFEMÉRIDE – Luchino Visconti di Modrone, um dos mais importantes realizadores do cinema italiano, morreu em Roma no dia 17 de Março de 1976, vítima de uma forma grave de trombose. Tinha acabado de visionar o seu último filme, juntamente com os colaboradores mais próximos. Nascera em Milão, em 2 de Novembro de 1906.
Viveu os melhores anos da sua juventude cuidando dos cavalos existentes na propriedade da sua família. Além disso, frequentava activamente o mundo da ópera e do melodrama, que tanto o viria a influenciar. Por essa época conheceu Giacomo Puccini e Gabriele D'Annunzio.
Foi depois para França, onde se tornou amigo de Coco Chanel e, através dela, em 1936, foi apresentado ao cineasta Jean Renoir de quem foi assistente. Em 1937 esteve em Hollywood, mas voltou para Roma.
A partir de 1940 ligou-se aos intelectuais que faziam o jornal “Cinema” (Rosselini, Fellini, etc.) e vendeu algumas jóias da família para realizar o seu primeiro filme, "Ossessione" (1943). No fim da Segunda Guerra Mundial realizou o segundo filme, o documentário "Giorni di Gloria".
Contratado pelo Partido Comunista Italiano para realizar três filmes sobre pescadores, mineiros e camponeses da Sicília, acabou por fazer apenas um: "A Terra treme", falado no dialecto siciliano com legendas em italiano.
Em 1951 filmou "Bellissima" com a grande actriz italiana Anna Magnani. O primeiro filme colorido foi feito em 1954 - "Sedução da Carne". Um grande prémio chegou em 1957, quando recebeu o Leão de Ouro do Festival de Cinema de Veneza com "As Noites Brancas", adaptação poética de uma história de Dostoievski, com Marcello Mastroianni, Maria Schell e Jean Marais.
O primeiro êxito de bilheteira aconteceu em 1960 com "Rocco e seus Irmãos". Foi o filme que consagrou igualmente o actor francês Alain Delon.
Em 1963 dirigiu o seu maior sucesso e um dos filmes mais elogiados pela crítica, "O Leopardo", filme com três horas de duração, vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes. O filme tinha um “elenco de luxo” onde se destacavam Burt Lancaster, Claudia Cardinale e Alain Delon.
Com "Morte em Veneza" (1971), protagonizado por Dirk Bogarde e baseado na obra de Thomas Mann, voltou a encontrar o sucesso junto do público e da crítica, após alguns filmes menos conseguidos. Durante as filmagens de “Ludwig” sofreu um ataque cardíaco que o prendeu a uma cadeira de rodas até ao fim dos seus dias. Com muita dificuldade, ainda fez mais dois filmes.
Ganhou durante a sua carreira, entre outros galardões, dois Prémios Bodil de Melhor Filme Europeu (1960 e 1971), a Palma de Ouro no Festival de Cannes (1963), o Prémio do 25º Aniversário do Festival de Cannes (1971), o Leão de Ouro (1965), o Leão de Prata (1957) e um Prémio Especial (1960) nos Festivais de Veneza.
Viveu os melhores anos da sua juventude cuidando dos cavalos existentes na propriedade da sua família. Além disso, frequentava activamente o mundo da ópera e do melodrama, que tanto o viria a influenciar. Por essa época conheceu Giacomo Puccini e Gabriele D'Annunzio.
Foi depois para França, onde se tornou amigo de Coco Chanel e, através dela, em 1936, foi apresentado ao cineasta Jean Renoir de quem foi assistente. Em 1937 esteve em Hollywood, mas voltou para Roma.
A partir de 1940 ligou-se aos intelectuais que faziam o jornal “Cinema” (Rosselini, Fellini, etc.) e vendeu algumas jóias da família para realizar o seu primeiro filme, "Ossessione" (1943). No fim da Segunda Guerra Mundial realizou o segundo filme, o documentário "Giorni di Gloria".
Contratado pelo Partido Comunista Italiano para realizar três filmes sobre pescadores, mineiros e camponeses da Sicília, acabou por fazer apenas um: "A Terra treme", falado no dialecto siciliano com legendas em italiano.
Em 1951 filmou "Bellissima" com a grande actriz italiana Anna Magnani. O primeiro filme colorido foi feito em 1954 - "Sedução da Carne". Um grande prémio chegou em 1957, quando recebeu o Leão de Ouro do Festival de Cinema de Veneza com "As Noites Brancas", adaptação poética de uma história de Dostoievski, com Marcello Mastroianni, Maria Schell e Jean Marais.
O primeiro êxito de bilheteira aconteceu em 1960 com "Rocco e seus Irmãos". Foi o filme que consagrou igualmente o actor francês Alain Delon.
Em 1963 dirigiu o seu maior sucesso e um dos filmes mais elogiados pela crítica, "O Leopardo", filme com três horas de duração, vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes. O filme tinha um “elenco de luxo” onde se destacavam Burt Lancaster, Claudia Cardinale e Alain Delon.
Com "Morte em Veneza" (1971), protagonizado por Dirk Bogarde e baseado na obra de Thomas Mann, voltou a encontrar o sucesso junto do público e da crítica, após alguns filmes menos conseguidos. Durante as filmagens de “Ludwig” sofreu um ataque cardíaco que o prendeu a uma cadeira de rodas até ao fim dos seus dias. Com muita dificuldade, ainda fez mais dois filmes.
Ganhou durante a sua carreira, entre outros galardões, dois Prémios Bodil de Melhor Filme Europeu (1960 e 1971), a Palma de Ouro no Festival de Cannes (1963), o Prémio do 25º Aniversário do Festival de Cannes (1971), o Leão de Ouro (1965), o Leão de Prata (1957) e um Prémio Especial (1960) nos Festivais de Veneza.
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