EFEMÉRIDE – Alexandros Panagoulis, político e poeta grego, faleceu em Atenas no dia 1 de Maio de 1976. Nascera em Glyfáda, em 2 de Julho de 1939. Estudou na Escola Politécnica Nacional de Atenas, licenciando-se como engenheiro eléctrico.
Espírito livre, integrou desde muito jovem as forças democráticas da Grécia, aderindo à organização juvenil da União do Centro, rebaptizada mais tarde como “Juventude Democrática Helénica” e da qual se tornou presidente em 1974.
Participou activamente na luta contra a “ditadura dos coronéis” (1967/74) e fundou a organização Resistência Nacional. Exilou-se no Chipre, para aí conceber um plano de acção. Regressou à Grécia e planeou o atentado contra o ditador Papadopoulos em Agosto de 1968. Tendo falhado, foi preso e torturado de forma bárbara, sem nunca ter indicado os nomes dos outros conspiradores. Julgado pelos tribunais militares gregos, foi condenado à morte em Novembro de 1968 e transportado para Aigyna a fim de ser executado. Graças no entanto à intervenção da comunidade internacional, a sentença não se consumou.
Recusou sempre a proposta de colaboração oferecida pela ditadura. Conseguiu evadir-se em 1969. Detido de novo, foi conduzido mais tarde para a prisão de Bogiati, onde foi fechado no isolamento da “cela túmulo”, construída especialmente para ele, cavada na terra, apenas com 2 metros de comprimento por 1,5 de altura. Tentou várias vezes fugir, mas sem sucesso.
Depois de muitas pressões internacionais e, após uma amnistia geral que ele recusou, foi finalmente libertado no Verão de 1973. Exilou-se em Florença, na Itália, afim de encontrar um novo fôlego para resistir.
Quando da restauração da democracia na Grécia, foi eleito deputado pela União do Centro, lutando pela punição dos que tinham colaborado com a ditadura. Demitiu-se posteriormente do partido pelo qual tinha sido eleito, mas manteve-se no Parlamento como independente.
No 1º de Maio de 1976, Panagoulis morreu num acidente de automóvel, quando tentava fugir de colaboradores do antigo regime, que o perseguiam desde há vários dias. No dia do seu enterro, milhões de gregos encheram as ruas de Atenas para o homenagearem.
Enquanto esteve preso, escreveu os seus melhores poemas nas paredes do cárcere ou em papéis microscópicos, umas vezes com tinta, outras com o próprio sangue. Muitos dos seus poemas ficariam desconhecidos para sempre, apesar de ter conseguido enviar alguns deles para o exterior. Reescreveu outros ulteriormente, graças à sua fabulosa memória. Quando da sua estadia em Itália, publicou algumas das suas poesias em cadernos bilingues (grego e italiano), com prefácio de Pier Paulo Pasolini.
O célebre compositor Mikis Theodorakis, que tinha sido igualmente perseguido pelas suas ideias políticas, compôs músicas para muitos dos poemas de Panagoulis.
A sua companheira, jornalista italiana Oriana Fallaci, escreveu o livro “Um Homem”, uma vibrante homenagem à resistência, ao génio literário e ao talento de Alexandros Panagoulis. Por sugestão dos seus camaradas, amigos e admiradores, o Estado grego emitiu uma série de selos e cartões de telefone pré-pagos, em sua homenagem e como reconhecimento pela sua acção em defesa das liberdades. O seu nome foi dado também a vários espaços públicos, incluindo uma estação de metro. Na década de 1980 foi rodado o filme “Viva Panagoulis!”.
Espírito livre, integrou desde muito jovem as forças democráticas da Grécia, aderindo à organização juvenil da União do Centro, rebaptizada mais tarde como “Juventude Democrática Helénica” e da qual se tornou presidente em 1974.
Participou activamente na luta contra a “ditadura dos coronéis” (1967/74) e fundou a organização Resistência Nacional. Exilou-se no Chipre, para aí conceber um plano de acção. Regressou à Grécia e planeou o atentado contra o ditador Papadopoulos em Agosto de 1968. Tendo falhado, foi preso e torturado de forma bárbara, sem nunca ter indicado os nomes dos outros conspiradores. Julgado pelos tribunais militares gregos, foi condenado à morte em Novembro de 1968 e transportado para Aigyna a fim de ser executado. Graças no entanto à intervenção da comunidade internacional, a sentença não se consumou.
Recusou sempre a proposta de colaboração oferecida pela ditadura. Conseguiu evadir-se em 1969. Detido de novo, foi conduzido mais tarde para a prisão de Bogiati, onde foi fechado no isolamento da “cela túmulo”, construída especialmente para ele, cavada na terra, apenas com 2 metros de comprimento por 1,5 de altura. Tentou várias vezes fugir, mas sem sucesso.
Depois de muitas pressões internacionais e, após uma amnistia geral que ele recusou, foi finalmente libertado no Verão de 1973. Exilou-se em Florença, na Itália, afim de encontrar um novo fôlego para resistir.
Quando da restauração da democracia na Grécia, foi eleito deputado pela União do Centro, lutando pela punição dos que tinham colaborado com a ditadura. Demitiu-se posteriormente do partido pelo qual tinha sido eleito, mas manteve-se no Parlamento como independente.
No 1º de Maio de 1976, Panagoulis morreu num acidente de automóvel, quando tentava fugir de colaboradores do antigo regime, que o perseguiam desde há vários dias. No dia do seu enterro, milhões de gregos encheram as ruas de Atenas para o homenagearem.
Enquanto esteve preso, escreveu os seus melhores poemas nas paredes do cárcere ou em papéis microscópicos, umas vezes com tinta, outras com o próprio sangue. Muitos dos seus poemas ficariam desconhecidos para sempre, apesar de ter conseguido enviar alguns deles para o exterior. Reescreveu outros ulteriormente, graças à sua fabulosa memória. Quando da sua estadia em Itália, publicou algumas das suas poesias em cadernos bilingues (grego e italiano), com prefácio de Pier Paulo Pasolini.
O célebre compositor Mikis Theodorakis, que tinha sido igualmente perseguido pelas suas ideias políticas, compôs músicas para muitos dos poemas de Panagoulis.
A sua companheira, jornalista italiana Oriana Fallaci, escreveu o livro “Um Homem”, uma vibrante homenagem à resistência, ao génio literário e ao talento de Alexandros Panagoulis. Por sugestão dos seus camaradas, amigos e admiradores, o Estado grego emitiu uma série de selos e cartões de telefone pré-pagos, em sua homenagem e como reconhecimento pela sua acção em defesa das liberdades. O seu nome foi dado também a vários espaços públicos, incluindo uma estação de metro. Na década de 1980 foi rodado o filme “Viva Panagoulis!”.
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