quinta-feira, 13 de maio de 2010

EFEMÉRIDEVieira Portuense, de seu verdadeiro nome Francisco Vieira de Matos, pintor português, um dos introdutores do neoclassicismo na pintura portuguesa, nasceu no Porto em 13 de Maio de 1765. Morreu no Funchal em 2 de Maio de 1805. Foi um dos grandes pintores portugueses da sua geração.
Está representado no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, e no Museu Nacional Soares dos Reis, no Porto.
Vieira Portuense, pintor histórico e de paisagens, foi também professor de desenho na Academia do Porto. Ficou conhecido por Vieira Portuense, por ter nascido no Porto e para se diferençar doutro seu afamado contemporâneo, cognominado Vieira Lusitano.
Começando desde criança a dar mostras da grande vocação para o desenho e para a pintura, o pai - logo que o viu instruído nas primeiras letras - colocou-o sob a direcção de João Grama, célebre pintor, que se supõe de origem alemã, mas nascido em Portugal.
Não se contentando com os conhecimentos já adquiridos e desejando aprofundá-los, Vieira resolveu vir para Lisboa em 1784 e matricular-se num “curso” que tinha sido criado pouco antes pela rainha D. Maria I. Provavelmente, a sua ideia era conseguir uma “bolsa de estudos” do governo e partir para Roma. No entanto, ou porque lhe faltassem padrinhos ou porque já estivesse preenchido o numero dos escolhidos, Vieira não viu realizado aquele seu sonho. O que não pôde alcançar em Lisboa, conseguiu-o no Porto, com o patrocínio da Companhia Geral das Vinhas do Alto Douro, que o tomou sob a sua protecção em 1789, com uma pensão anual de 300$000 reis, que lhe seria paga durante todo o tempo que estivesse em Roma para concluir os seus estudos.
Mais tarde, para aumentar ainda os seus conhecimentos artísticos, percorreu as principais cidades da Itália, visitando os mais notáveis edifícios e galerias e copiando (para exercício) as obras que mais o entusiasmavam. Deste modo, juntou grande quantidade de apontamentos, que trouxe consigo quando voltou a Portugal e que eram provas evidentes dos seus estudos e da sua aplicação. Em Parma, recebeu grandes provas de consideração pelo seu talento, da parte dos membros da Academia. Partiu depois para a Alemanha e em seguida para Londres, onde ficou até 1801.
Regressado a Portugal, aqui contraiu a tuberculose. Esgotados todos os recursos da ciência para debelar a doença, os médicos aconselharam-lhe o clima da ilha da Madeira. Em vez das melhoras, porém, piorou repentinamente e veio a falecer, não chegando a completar os 40 anos de idade.

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