EFEMÉRIDE – Eduardo Lourenço de Faria, ensaísta, professor universitário, filósofo e intelectual português, nasceu em São Pedro de Rio Seco, Almeida, Beira Interior, no dia 23 de Maio de 1923.
Tendo por origem uma pequena aldeia e uma família conservadora, estudou no Colégio Militar em Lisboa. Viria depois a encontrar em Coimbra um ambiente mais aberto e propício a reflexões culturais, que sempre haveria de prosseguir. Licenciado em Ciências Histórico-Filosóficas (1946), permaneceu na Universidade de Coimbra como assistente de Filosofia, entre 1947 e 1953. Foi nesse período que publicou o primeiro livro (“Heterodoxia”, 1949).
Ensinou Cultura Portuguesa entre 1954 e 1955 na Alemanha, exercendo depois a mesma actividade na Universidade de Montpellier (1956-58). Após um ano passado na Bahia, como professor de Filosofia, viveu a partir de 1960 em França, leccionando nas Universidades de Grenoble (até 1965) e de Nice (1965-1987).
Influenciado pela leitura de Nietzsche, Heidegger, Sartre ou pelo conhecimento das obras de Dostoievski, Franz Kafka ou Albert Camus, foi associado ao existencialismo, sobretudo por volta dos anos 1950, altura em que colaborou na “Árvore” e se tornou amigo de Vergílio Ferreira. Nunca se deixou enfeudar, porém, a qualquer escola de pensamento e, embora favorável a ideias de esquerda, nunca abandonou uma atitude crítica independente.
Com uma clara autoridade moral, foi-lhe atribuída a “Ordem de Santiago da Espada” em 1981 e o “Prémio Europeu de Ensaio Charles Veillon” (concedido em 1988 por ocasião da sua obra “Nós e a Europa ou as Duas Razões”), no ano em que foi colocado em Roma como adido cultural português.
Crítico e ensaísta literário, virado predominantemente para a poesia, assinou ensaios polémicos como “Presença” ou a “Contra-Revolução do Modernismo Português?” n' “O Comércio do Porto” (1960) ou ainda um estudo sobre o neo-realismo intitulado “Sentido e Forma da Poesia Neo-Realista” (1968). Aproximou-se da modernidade e da obra de Fernando Pessoa, a propósito da qual publicou “Pessoa Revisitado” (1973). Indiferente à sucessão de correntes teóricas e fugindo tanto ao historicismo como a pretensas análises objectivas, a perspectiva de E. Lourenço já influenciou outros autores como, por exemplo, Eduardo Prado Coelho.
Foi dado o seu nome à Biblioteca Municipal da cidade da Guarda. Em 1996 recebeu o “Prémio Camões” e em 2001 o “Prémio Vergílio Ferreira” da Universidade de Évora.
Em Dezembro de 2007 foi distinguido pela Universidade Bolonha com o título de doutor honoris causa em Literaturas e Filologias Europeias.
Tendo por origem uma pequena aldeia e uma família conservadora, estudou no Colégio Militar em Lisboa. Viria depois a encontrar em Coimbra um ambiente mais aberto e propício a reflexões culturais, que sempre haveria de prosseguir. Licenciado em Ciências Histórico-Filosóficas (1946), permaneceu na Universidade de Coimbra como assistente de Filosofia, entre 1947 e 1953. Foi nesse período que publicou o primeiro livro (“Heterodoxia”, 1949).
Ensinou Cultura Portuguesa entre 1954 e 1955 na Alemanha, exercendo depois a mesma actividade na Universidade de Montpellier (1956-58). Após um ano passado na Bahia, como professor de Filosofia, viveu a partir de 1960 em França, leccionando nas Universidades de Grenoble (até 1965) e de Nice (1965-1987).
Influenciado pela leitura de Nietzsche, Heidegger, Sartre ou pelo conhecimento das obras de Dostoievski, Franz Kafka ou Albert Camus, foi associado ao existencialismo, sobretudo por volta dos anos 1950, altura em que colaborou na “Árvore” e se tornou amigo de Vergílio Ferreira. Nunca se deixou enfeudar, porém, a qualquer escola de pensamento e, embora favorável a ideias de esquerda, nunca abandonou uma atitude crítica independente.
Com uma clara autoridade moral, foi-lhe atribuída a “Ordem de Santiago da Espada” em 1981 e o “Prémio Europeu de Ensaio Charles Veillon” (concedido em 1988 por ocasião da sua obra “Nós e a Europa ou as Duas Razões”), no ano em que foi colocado em Roma como adido cultural português.
Crítico e ensaísta literário, virado predominantemente para a poesia, assinou ensaios polémicos como “Presença” ou a “Contra-Revolução do Modernismo Português?” n' “O Comércio do Porto” (1960) ou ainda um estudo sobre o neo-realismo intitulado “Sentido e Forma da Poesia Neo-Realista” (1968). Aproximou-se da modernidade e da obra de Fernando Pessoa, a propósito da qual publicou “Pessoa Revisitado” (1973). Indiferente à sucessão de correntes teóricas e fugindo tanto ao historicismo como a pretensas análises objectivas, a perspectiva de E. Lourenço já influenciou outros autores como, por exemplo, Eduardo Prado Coelho.
Foi dado o seu nome à Biblioteca Municipal da cidade da Guarda. Em 1996 recebeu o “Prémio Camões” e em 2001 o “Prémio Vergílio Ferreira” da Universidade de Évora.
Em Dezembro de 2007 foi distinguido pela Universidade Bolonha com o título de doutor honoris causa em Literaturas e Filologias Europeias.
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