EFEMÉRIDE – Auzenda de Oliveira, popular e notável actriz portuguesa do teatro musicado, nasceu na Pocariça, Cantanhede, em 20 de Março de 1888. Faleceu em data e local desconhecidos no ano de 1960.
A sua estreia, ainda como amadora, teve lugar na cidade de Beja, em 1902, na peça “Moleiro de Alcalá”. Em Junho de 1904, fez a sua estreia profissional no Teatro Avenida, na Companhia Sousa Bastos, com a opereta “A Boneca”, a que se seguiram outras peças. Com a junção da Companhia Sousa Bastos com a do D. Amélia, surgiu um vasto reportório de operetas em que Auzenda patenteou de modo exuberante o seu extraordinário valor.
Passou depois para a Companhia José Ricardo, entrando nas revistas “ABC”, “Favas Contadas” e outras. Contratada pelo empresário Luís Galhardo, esteve no Porto onde desempenhou papéis importantes em várias operetas e revistas.
Foi depois a estrela principal da Companhia Armando de Vasconcelos, tendo criado figuras inolvidáveis em diversas peças. Representou todo este repertório no Brasil durante quatro temporadas, com êxito absoluto. Regressada a Portugal, foi contratada pelo empresário Taveira, tendo sido intérprete de numerosas peças. A sua voz privilegiada tinha porém recursos para muito mais e, assim, cantou também as óperas “Cavalaria Rusticana” e “Boémia”, merecendo os aplausos até da crítica mais exigente.
No Teatro Politeama, trabalhou com Palmira Bastos e Maria Matos em várias peças, entre as quais se destacaram “A Rainha de Biarritz” e “Mamã”. Auzenda de Oliveira foi a grande vedeta teatral do seu tempo, não só no teatro ligeiro como também na comédia. Fê-lo sempre com brilhantismo, como por exemplo, quando durante centenas de noites, fez as delícias de um público entusiástico na interpretação do vaudeville “O Ás”, no Teatro do Ginásio.
Auzenda desfrutou de uma popularidade sem limites e era a grande favorita do público. Motivos de saúde e o desaparecimento do género opereta dos palcos portugueses de então, causaram o seu brusco e injusto eclipse total.
Sem comentários:
Enviar um comentário