EFEMÉRIDE – Eugénio de Castro e Almeida, poeta e autor dramático português, nasceu em Coimbra no dia 4 de Março de 1869. Morreu na mesma cidade em 17 de Agosto de 1944.
Formou-se em Letras na Universidade de Coimbra, onde viria mais tarde a leccionar. Fundou em 1889 a revista “Os Insubmissos”, juntamente com João Menezes e Francisco Bastos, ainda nos últimos anos da sua licenciatura. Colaborou com a revista que fundou e com a “Boémia Nova”, ambas seguidoras do Simbolismo Francês. Em 1890 entrou para a história da literatura portuguesa, com o lançamento do livro de poemas “Oaristos”, marco inicial do Simbolismo em Portugal.
Em 1895, fundou a revista internacional “A Arte” que, anunciando a colaboração de autores como Gabriele d'Anunzio, Maurice Barrès, Gustave Khan, Maeterlinck, Stéphane Mallarmé, Jules Renard e Verlaine, pretendia constituir um elo no movimento simbolista internacional, com cujos representantes Eugénio de Castro mantinha, aliás, correspondência.
No domínio da expressão dramática, peças como “Belkiss” inscrevem-se numa compreensão teatral próxima do teatro simbolista de Maeterlinck, a que se seguiriam outras tentativas de pendor classicista, como “Constança”.
A sua obra pode ser dividida em duas fases. Na primeira, a fase simbolista, que corresponde à sua produção poética até ao fim do século XIX, Eugénio de Castro apresenta algumas características da Escola Simbolista, como o uso de rimas novas e raras, outras métricas, sinestesias, aliterações e vocabulário mais rico e musical. Na segunda fase ou neoclássica, que corresponde aos poemas escritos já no século XX, vemos um poeta voltado para a Antiguidade Clássica e para o passado português, revelando um certo saudosismo, característico das primeiras décadas do século XX em Portugal.
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