EFEMÉRIDE – George Eastman, industrial norte-americano, fundador da Kodak e inventor da película que permitiu a popularização da fotografia, morreu em Rochester no dia 14 de Março de 1932. Nascera em Waterville, em 12 de Julho de 1854.
Em 1888 lançou no mercado o primeiro aparelho fotográfico de sua concepção, sob a marca Kodak, termo que ele criou para a circunstância, procurando uma palavra simples, atraente e pronunciável em todas as línguas.
Kodak era um aparelho, portátil e simples, carregado com um rolo de película negativa para cem fotografias. O utilizador devia enviá-lo ao fabricante depois de utilizado e recebia-o, dias mais tarde, carregado com um novo rolo de negativos e acompanhado das fotos precedentes devidamente impressas. O slogan utilizado pela Eastman Dry Plates and Film Company era: «Carregue no botão, nós fazemos o resto».
Em 1892 reorganizou a sociedade, transformando-a na Eastman Kodak Company. Em 1900 pôs no mercado a “Brownie”, um aparelho destinado às crianças e vendido por um dólar. O seu sucesso foi considerável e, em 1927, detinha praticamente o monopólio da indústria fotográfica nos Estados Unidos.
Nos anos 1930, foi atingido por uma doença da coluna vertebral que o iria deixar diminuído fisicamente para o resto da vida. Não podendo suportar tal ideia, suicidou-se com um tiro no coração e deixou uma carta onde dizia apenas: «Para os meus amigos. O meu trabalho está feito. Porque esperar?». O corpo foi velado na Igreja Episcopal St. Paul, em Rochester, e enterrado no jardim da Kodak, no estado de Nova Iorque.
Em 1924, George Eastman abdicara de metade da sua fortuna para o mecenato. As suas dádivas atingiram o total de 75 milhões de dólares e os principais beneficiários foram a Universidade de Rochester e o Massachusetts Institute of Technology (MIT) de Boston. Fundou também, em Paris, o Instituto Dentário George-Eastman. Foi um dos primeiros industriais a distribuir parte dos lucros pelos seus funcionários, sob a forma de prémios de produtividade.
A sua casa particular, a George Eastman House, é agora um centro de arquivos e um museu fotográfico de reputação mundial. Ironicamente, Eastman detestava ser fotografado. A empresa não resistiu à era digital e, em Janeiro de 2012, declarou falência.
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