EFEMÉRIDE – Edite Castro Soeiro, jornalista portuguesa, nasceu em Benguela, Angola, no dia 31 de Março de 1934. Morreu em Lisboa, em 27 de Julho de 2009.
Iniciou a sua actividade jornalística em 1950, no semanário angolano “O Intransigente”, onde era a única mulher a exercer a profissão.
Em 1962 mudou-se com a mãe para Lisboa e, algum tempo depois, ingressou na redacção da revista “Flama”. Em 1967, transferiu-se para a delegação de Lisboa da revista semanal angolana “Notícia”, da qual foi chefe de redacção e onde se tornou a primeira jornalista portuguesa a escrever sobre desporto, uma das suas paixões. Em 1968, fez a cobertura, como enviada especial, dos Jogos Olímpicos do México.
Voltou à “Flama” em 1972, como chefe de redacção, e ali se manteve até ao encerramento da publicação em 1976. Passou então para o recém-criado semanário “O Jornal”, onde foi redactora e editora do suplemento “O Jornal Ilustrado”. Durante vários anos, colaborou também regularmente no semanário de espectáculos “Se7e”.
Em 1993, integrou a equipa fundadora da revista “Visão”, na qual permaneceu até 2007. Em Setembro de 2006, foi galardoada pelo Clube de Jornalistas com o Prémio Gazeta de Mérito, pelo conjunto da sua longa carreira.
Edite Soeiro foi um misto de mãe, professora e conselheira de várias gerações de jornalistas. Solidária e frontal, de espírito jovem e rebelde, era amiga do seu amigo e extremamente leal. As suas qualidades humanas e profissionais conquistaram os seus camaradas nas diversas redacções onde trabalhou. Já septuagenária, era muitas vezes a primeira a chegar e a última a sair do local de trabalho.
Sportinguista ferrenha, era uma mulher cheia de energia, tendo um carinho especial pelo desporto, sentimento que vinha desde os tempos de Angola. Foi durante vários anos, por carolice e divertimento, treinadora da equipa de Futsal de “O Jornal”.
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