EFEMÉRIDE – Deborah
Jane Kerr-Trimmer, actriz britânica, nasceu em Helensburgh, na Escócia,
em 30 de Setembro de 1921. Morreu em Suffolk no dia 16 de Outubro de 2007,
vítima de complicações decorrentes da doença de Parkinson, de que padecia há
vários anos. Recebeu um Oscar Honorário pela sua carreira, em que sempre
se pautou pela perfeição, disciplina e elegância. Em 1998, foi agraciada pela rainha
do Reino Unido com a Ordem do Império Britânico.
Iniciou-se como dançarina de
ballet, tendo feito a sua primeira apresentação em palco em 1938. Mudou depois para
o cinema, onde a esperavam grandes êxitos. Começou por alguns filmes, que
passaram quase despercebidos, mas o seu papel como freira em “Narciso Negro”
(1947) chamou a atenção dos produtores de Hollywood que a fizeram atravessar o
Atlântico, transformando-a numa das maiores actrizes dos anos 1950,
sendo nomeada seis vezes para o Oscar de Melhor Actriz. Contratada pela MGM,
veio a actuar ao lado de Clark Gable, Spencer Tracy, Gary Cooper, Gregory Peck,
Frank Sinatra, Robert Mitchum, Cary Grant e Dean Martin, entre outros.
A sua maneira de ser e o seu sotaque
conduziram-na a uma série de papéis em que representou honradas, dignas,
refinadas e reservadas senhoras inglesas. Contudo, Kerr aproveitava – sempre que
surgiam – todas as oportunidades para descartar aquele seu ar exterior tão
reservado. No filme de aventuras “As Minas do Rei Salomão” de 1950,
filmado em África com Stewart Granger e Richard Carlson, Deborah impressionou o
público com a sua sensualidade e vulnerabilidade emocional, que trouxeram mesmo
uma nova dimensão a um filme de acção orientado para o público masculino.
Com “From Here to Eternity”,
em 1953, foi nomeada para o Oscar de Melhor Actriz. O American Film
Institute reconheceu o carácter icónico da cena do beijo entre ela e Burt
Lancaster numa praia do Havai, no meio das ondas, e colocou a película na lista
dos Cem Filmes Mais Românticos de todos os tempos.
Em 1957, recebeu o Globo de
Ouro de Melhor Actriz de Comédia Musical, com o filme “O Rei e Eu”,
em que contracenou com Yul Brynner. A década acabou com a sua participação nas
adaptações para o cinema de duas obras literárias: “Bom dia tristeza” e
“Mesas separadas”, ambas com David Niven.
A partir dos anos 1960,
assistiu-se à lenta retirada de Deborah, embora ainda protagonizasse vários
filmes. Nos anos 1980, apareceu fugazmente na televisão, na mini série sentimental
“O Espaço de uma vida”. Ainda voltou ao cinema com “The Assam Garden”
(1985), mas chegava ao fim uma brilhante carreira, em que entrou em cerca de 50
filmes.
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