EFEMÉRIDE – Simone Signoret, de seu verdadeiro nome Simone-Henriette-Charlotte Kaminker, famosa actriz francesa, nasceu na Alemanha, em Wiesbaden, no dia 25 de Março de 1921. Morreu em Paris, vítima de doença oncológica, em 30 de Setembro de 1985.
Esteve refugiada na Bretanha juntamente com a família, de origem polaca e judia, no começo da ocupação alemã. Estudou no Liceu de Vannes. De regresso a Paris em 1941, começou a fazer figuração no cinema. Adoptou então o nome porque havia de se celebrizar, acrescentando ao seu nome próprio o apelido de sua mãe, Signoret.
Aquela que viria a ser considerada uma das melhores actrizes do cinema francês, começou por entrar no filme “Bolero” em 1942. A sua carreira só seria porém lançada em 1946 com “Macadam”, película com a qual obteve o Prémio Suzanne-Bianchetti de Revelação. O realizador Yves Allegret proporcionou-lhe então os primeiros papéis de relevo, nomeadamente em “Dédée d'Anvers” (1948) e “Manèges” (1950). Ainda em 1950, impôs a sua beleza na comédia “La ronde”. Actuou sob a direcção de Luís Buñuel em “La mort en ce jardin” (1956) e obteve um Oscar pelo seu papel em “Les Chemins de la haute ville”, que também lhe valeu o Premio de Melhor Actriz no Festival de Cannes de 1959.
Em 1944, passara a viver com Yves Allegret, tendo-se casado em 1948 e divorciado um ano depois. Em 1951 casou-se com o cantor e actor Yves Montand, então um jovem cantor descoberto por Edith Piaf. Juntamente com ele, militou até ao início dos anos 1980 no Partido Comunista Francês.
Simone Signoret formou com Yves Montand um casal lendário. Estavam unidos pela profunda ternura de um casamento de 35 anos e por muitas lutas e causas políticas vividas em conjunto. Trabalharam juntos pela primeira vez, já casados, na peça de Arthur Miller, “As feiticeiras de Salém”, uma alegoria do macartismo. Dois anos depois, esta obra seria levada igualmente aos ecrãs de cinema. Fizeram mais cinco filmes, entre os quais “Paris está em chamas” (1966) de René Clément e “A confissão” (1970) de Costa-Gavras.
Outros desempenhos brilhantes de Simone foram “O gato” (Urso de Prata no Festival de Berlim de 1971), contracenando com Jean Gabin; “A Viúva Couderc”, também de 1971, ao lado de Alain Delon; e “La Vie devant soi”, que lhe valeu o César de Melhor Actriz em 1978.
Em 1954, Signoret e Montand compraram uma propriedade em Autheuil-Authouillet, na Normandia, que se tornou um local de encontros artísticos e intelectuais. Jean-Paul Sartre, Simone de Beauvoir, Serge Reggiani, Pierre Brasseur, Luis Buñuel, Jorge Semprún, entre muitos outros, passavam por lá com regularidade.
Refira-se, como curiosidade, que a cantora Nina Simone escolheu o seu pseudónimo em homenagem a Simone Signoret, depois de a ver no filme “Casque d'or “.
Signoret publicou a sua autobiografia “A nostalgia já não é o que costumava ser” em 1975, a que se seguiram dois romances: “Le lendemain, elle était souriante...” em 1979 e “Adeus Volodia” em 1985, ano em que faleceu.
2 comentários:
Boa tarde !
Ando por aí a navegar, procurando algo que me possa levar a um filme que muito me marcou na minha juventude.
Suponho que o titulo "caseiro" cá no burgo seria " A sindicalista".
Tenho uma vaga ideia que seria a Simone Signoret a intérprete.
Será que me pode ajudar ?
Boas entradas para 2015, que bem precisamos!
Desde já agradecido.
Carlos Albano
Lamento não o poder ajudar. Em todo o caso, consulte estes dois sites:
http://fr.wikipedia.org/wiki/Simone_Signoret - Filmes de Siumone Signoret
http://listasde10.blogspot.pt/2010/05/10-filmes-sobre-sindicatos.html - D ez filmes sobre sindicalismo
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