EFEMÉRIDE
– Françoise Madeleine Hardy, cantora, autora e compositora francesa,
nasceu em Paris no dia 17 de Janeiro de 1944. Cresceu com a irmã e a mãe
num pequeno apartamento em
Paris. Quando terminou o ensino secundário, o pai
ofereceu-lhe uma guitarra e Françoise começou a compor canções. A sua mãe
estimulou-a a ingressar na universidade e Françoise matriculou-se na Faculdade
de Ciências Políticas da Sorbonne, tendo depois mudado para Letras.
No entanto, não chegou a concluir nenhum curso, pois descobriu que a música era
a sua verdadeira vocação.
Em
1961, com apenas dezassete anos, assinou um contrato com a editora Vogue.
No ano seguinte, alcançou grande sucesso internacional com a canção “Tous
les garçons et les filles” (mais de dois milhões de cópias vendidas), à
qual o seu nome ficou ligado para sempre. Foi capa da prestigiosa revista “Paris
Match”. Por esta
altura, conheceu o fotógrafo Jean-Marie Périer, com quem manteve uma relação
amorosa até 1967.
Costureiros,
como André Courrèges, Yves Saint Laurent e Paco Rabanne, escolhiam-na como
embaixatriz de uma moda que prefigurava já como seria a mulher do ano
2000. Fez muitas tournées e espectáculos, mas preferia privilegiar a produção
discográfica, vindo a ser uma vedeta internacional de grande sucesso.
Em
1963, participou no Festival Eurovisão da Canção, realizado em Londres,
como representante do Mónaco e com o tema “L’amour s’en va”, tendo
alcançado o quinto lugar. Notada pelo cineasta Roger Vadim, foi convidada para
entrar em “Château en Suède”, uma adaptação ao cinema da peça teatral de
Françoise Sagan, com o mesmo nome.
Em
1967, iniciou uma relação sentimental com o cantor e actor Jacques Dutronc, seu
companheiro até hoje. Tiveram um filho em 1973 e casaram em 1981 na Córsega.
Nos
seus tempos livres, seguiu cursos de psicologia e astrologia,
chegando a ser – mais tarde – convidada para dar consultas de astrologia, o que
aceitou para ampliar os seus conhecimentos. Colaborou numa revista da
especialidade e teve um programa semanal na Rádio Monte-Carlo (1980).
Em 1982, a grafologia
começou a interessá-la igualmente. Conjugando-a com a astrologia e com a
colaboração da grafóloga Anne-Marie Simond, criou uma nova emissão radiofónica
– “Entre les lignes, entre les signes”.
Em
1988, anunciou que se ia retirar do mundo da música e lançou aquele que
supostamente seria o seu último disco, “Décalages”. O álbum obteve o Disco
de Ouro.
Escreveu
para outros cantores e participou em discos colectivos e destinados a
organizações de beneficência. Fundou uma empresa de produção discográfica.
Apesar
da sua intenção, a retirada não se verificou e, em 1993, gravou um dueto com
Alain Lubrano, “Si ça fait mal”, uma canção sobre o vírus da sida.
Dois anos depois, assinou um contrato com a editora Virgin e, em 1996,
lançou o álbum “Le Danger”.
Françoise
Hardy regressou mais uma vez ao mundo dos discos em Novembro de 2004, com a
edição de “Tant de belles choses”, que foi aclamado pela crítica e
conquistou mais um Disco de Ouro. O seu filho, Thomas Dutronc,
acompanha-a como músico e realizador.
Ainda
em 2004, foi-lhe diagnosticado um linfoma que, no entanto, foi caracterizado
como «pouco agressivo». Em Novembro de 2006, recebeu a Grande Medalha da
Canção que lhe foi outorgada pela Academia Francesa. Em 2008, publicou
as suas memórias, a pedido das Edições Robert Laffont (“Le Désespoir
des singes… et autres bagatelles”), que foi um dos livros mais lidos
naquele ano. Françoise Hardy completa hoje 70 anos de idade.
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