EFEMÉRIDE
– David Alfaro Siqueiros, um dos maiores pintores mexicanos e um dos
protagonistas do muralismo mexicano, juntamente com Rivera e
Orozco, morreu na cidade do México em 6 de Janeiro de 1974. Nascera em Cuernavaca
no dia 29 de Dezembro de 1896. Siqueiros era filho do advogado Cipriano Alfaro,
de origem portuguesa.
Fez
pintura de cavalete, mas distinguiu-se sobretudo pela pintura mural, onde foi
um inovador. Tinha uma grande preocupação em experimentar novos materiais e
novas técnicas, tendo a sua investigação nesta área sido uma importante
contribuição para a pintura mural.
A
grande temática da sua obra foi a revolução e o povo mexicano, que ele
representou como defensores da luta por uma sociedade melhor – a sociedade
socialista utópica. A sua pintura é uma pintura de intervenção política, de
crítica à sociedade capitalista e de defesa dos ideais comunistas que, em
Siqueiros, assumem uma dimensão monumental, pela força e franqueza das suas
convicções. Em 1966, foi-lhe atribuído o Prémio Lenine da Paz.
Siqueiros
teve as primeiras aulas de pintura com o mestre mexicano Solares Gutiérrez.
Anos depois, entrou para a Academia de San Carlos no México e, mais
tarde, ingressou na Escola de Santa Anita, que abandonou para se alistar
no Exército Constitucionalista. Ao voltar, ingressou na Escola Nacional
Preparatória (ENP), ao mesmo tempo que era nomeado membro do Comité
Executivo do Partido Comunista do México e secretário-geral do Grémio
de Artesãos, Escultores e Pintores. A sua primeira obra importante foi uma
série de frescos para a ENP, terminada em 1924.
Esteve
a viver em Taxco e em Los
Angeles, onde começou a fazer experiências com novas
técnicas. Mudou-se para Nova Iorque, onde organizou o Siqueiros Experimental
Workshop.
Alistou-se
como voluntário na Guerra Civil Espanhola, ao lago dos Republicanos
contra as tropas de Franco. Posteriormente, foi acusado de ter tentado
assassinar Trotsky, a mando de Estaline, motivo pelo qual foi preso e depois exilado
no Chile. Quando voltou ao México, após 1940, fundou o Centro Realista de
Arte Moderna.
O
seu famoso mural “A Marcha da Humanidade” valeu-lhe o Prémio Nacional
de Arte do México. Nos Estados Unidos, um fresco pintado por ele no Plaza
Art Center, chamado “Tropical América – Opressed and Destroyed by the
Imperialists”, causou tal polémica e indignação que foi obrigado a sair do
país para evitar a deportação.
Entre
os Muralistas, ele foi aquele que teve um maior comprometimento com o
mundo moderno, no que respeita à temática e às técnicas. Extremado por ideais
de justiça e de progresso, Siqueiros trabalhava as suas pinturas como se
estivesse a combater um inimigo.
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