EFEMÉRIDE
– D. Rodrigo da Cunha – notável prelado português da primeira metade do
século XVII – que, como arcebispo de Lisboa, teve um papel importante no apoio
à Restauração da Independência de Portugal, morreu em Lisboa no dia 3 de
Janeiro de 1643. Nascera, também na capital portuguesa, em 1577.
Iniciou
os estudos no Colégio de Santo Antão, um colégio jesuíta de Lisboa. Fez
o seu doutoramento em
Direito Canónico na Universidade de Coimbra.
Durante
a sua carreira religiosa, passou pelo Santo Ofício como deputado e foi
inquisidor em Lisboa. Foi
bispo de Portalegre (1615/18) e do Porto (1618/26) e arcebispo de Braga (1626/34)
e de Lisboa (1635/42).
Foi
o autor da reforma “Breviário Bracarense” (1634) e presidiu ao Sínodo
de Lisboa de 1640. D. Rodrigo da Cunha foi um dos principais
opositores da incorporação de Portugal em Espanha, uma política preconizada por
Filipe IV. Em 1638, chegou a ser convidado para cardeal em Madrid, recusando porém
a oferta.
Durante
a Restauração da Independência, apoiou os revoltosos e, juntamente com o
arcebispo de Braga, governou o reino até ao regresso de D. João IV. O seu nome
consta como uma das principais presenças no “1.º Auto do Levantamento e
Juramento d' El-Rei Dom João IV”, realizado em 15 de Dezembro de 1640.
Como
historiador, contribuiu para a historiografia da Igreja em Portugal, escrevendo
diversas obras sobre Braga, Porto e Lisboa. Participou ainda na publicação das “Crónicas”
dos reis D. João I, D. Duarte e D. Afonso V, da autoria de Duarte Nunes de Leão,
jurista, gramático e historiador português.
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