EFEMÉRIDE
– Max Gallo, escritor, historiador e político francês, nasceu em Nice no dia
7 de Janeiro de 1932. É membro da Academia Francesa desde Maio de
2007. Escritor de sucesso, muito fecundo, os seus primeiros romances foram
assinados com o pseudónimo “Max Laugham”.
Adoptou
um estilo literário em que as fontes históricas são complementadas de modo
romanesco, acrescentando a sua experiência pessoal e os seus sentimentos.
Parte
da infância de Max Gallo, filho de imigrantes italianos fixados em Nice, foi passada
durante a Segunda Guerra Mundial. O pai fazia parte da Resistência
Francesa, mas as pessoas mais próximas não estavam ao corrente do facto.
Max assistiu como espectador à ocupação alemã e à libertação, vivendo com
intensidade todos os acontecimentos, que iriam aliás marcar o seu imaginário e
a sua vontade de ser confrontado com a História. O pai, com um temperamento
prudente, orientou-o para fazer estudos técnicos profissionais. Max Gallo começou
por obter um certificado de mecânico e, depois, um bacharelato de Matemática.
Aos 20 anos, ingressou na função pública como técnico da RTF. Um ano
depois, foi para Paris a fim de seguir cursos que lhe permitissem tornar-se
controlador técnico. Paralelamente à sua actividade profissional, cursava aulas
de História. Em 1957, em
plena Guerra da Argélia, fez o seu serviço
militar como meteorologista no aeroporto do Bourget, onde co-fundou o jornal
antimilitarista. “Le Temps” que foi proibido após a publicação do 3º número.
Alguns
anos mais tarde, tornou-se professor em Chambéry. Em
1960, foi professor de História no Liceu de Masséna. Doutorou-se,
entretanto, e foi colocado como professor assistente na Universidade de Nice.
Em 1969, declinou um lugar que lhe era proposto na Universidade de Vincennes
e ingressou como professor no Instituto de Estudos Políticos de Paris.
Max
Gallo foi editorialista do magazine “L'Express” durante dez anos, na década
de 1970. Depois da sua experiência governamental nos anos 1980,
dirigiu durante algum tempo a redacção do diário “Le Matin de Paris”.
Militante
e membro do Partido Comunista até 1956, abandonou esta via durante os
seus estudos de História, continuando a situar-se à esquerda até meio da
década de 1990. Em 1981, aderiu ao Partido Socialista, a pedido
dos socialistas de Nice que procuravam uma personalidade notável, que tivesse uma
notoriedade suficiente para se opor ao presidente da Câmara de então, Jacques
Médecin, no poder há dezenas de anos. Max Gallo era então muito conhecido por
ter publicado um romance sobre a cidade de Nice, “A Baía dos Anjos”, que
foi um sucesso. Conseguiu ser eleito deputado pelos Alpes Marítimos, mas foi
batido nas autárquicas de Nice em 1983. Foi nomeado então secretário de Estado
e porta-voz do 3º governo de Pierre Mauroy. O seu director de gabinete era
François Hollande, actual presidente da República Francesa. Deixou o governo em
1984, para poder consagrar mais tempo à vida literária, sendo simultaneamente
deputado europeu (1984/94).
Em
1992/93, abandonou o Partido Socialista e fundou o Movimento de
Cidadãos, de que se tornou presidente. Em 1994, porém, para se dedicar
inteiramente à literatura, deixou a actividade política, apenas com algumas incursões
no apoio a actividades cívicas e a candidaturas de outras personalidades. Entre
as distinções que recebeu, saliente-se as de Comendador da Legião de Honra
(2009) e de Grande Oficial da Ordem Nacional de Mérito (2013).
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