EFEMÉRIDE
– Juan Marsé, de seu verdadeiro nome Juan Faneca Roca, escritor espanhol,
nasceu em Barcelona no dia 8 de Janeiro de 1933. A mãe morreu durante o parto e ele foi adoptado pelo
casal Marsé. Estudou até aos 13 anos, idade em que foi trabalhar como aprendiz numa
oficina de joalharia.
Aos
25 anos, começou a escrever regularmente nas revistas “Ínsula” e “El Ciervo”. Ainda nesse ano,
terminou o seu primeiro romance, “Encerrados con un solo juguete”, no qual já vinha a trabalhar
desde os 22 anos, quando cumpria o serviço militar em Ceuta. Concorreu
com esta obra a um prémio em que foi finalista, o que lhe valeu a publicação do
livro.
Uma
amiga incentivou-o a continuar a escrever e, em 1959, convenceu-o a enviar o
conto “Nada para morir” para o Prémio Sésamo, que viria a ganhar.
No ano seguinte, Juan Marsé deixou a joalharia e foi viver para Paris, onde
arranjou emprego no laboratório do Instituto Pasteur. Paralelamente,
começou a traduzir argumentos de filmes e a dar lições de espanhol.
Regressou
a Espanha em 1962, ano em que publicou “Esta cara de la luna”. De novo a viver em Barcelona,
iniciou a sua ligação ao Partido Comunista Espanhol. Três anos mais
tarde, ganhou o Prémio Biblioteca Breve com o romance “Últimas tardes”.
Juan Marsé, entretanto, passou a escrever também publicidade e diálogos para
argumentos cinematográficos.
Em
1970, foi nomeado redactor-chefe da revista “Bocaccio”. Prosseguiu a
carreira de escritor com “La oscura historia de la prima Montse” e “Si
te dicen que caí”. Esta última obra foi censurada em Espanha e Marsé foi
obrigado a editá-la no México, onde recebeu o Prémio Internacional de
Romance.
A
partir de 1974, passou a colaborar na revista “Por Favor”, para a qual
elaborava retratos literários de personalidades da actualidade, desde actores a
políticos e até figuras da alta sociedade. Entre 1975 e 1978, escreveu alguns
textos para cinema, apenas para ganhar dinheiro. Neste último ano, ganhou o Prémio
Planeta, um dos mais conceituados de Espanha, com a obra “La muchacha de
las bragas de oro”. A partir de então, passou a ser um autor com grande
sucesso junto do público.
Seguiu-se,
em 1982, “Um dia volveré” e, em 1984, “Ronda del Guinatrdó”, ambas
as obras tendo Barcelona como cenário. Dois anos depois, publicou um novo
livro, desta vez de contos, intitulado “Teniente Bravo”. Em 1990, com “El
amante bilingue”, ganhou o prémio Ateneo de Sevilha. Três anos mais
tarde, lançou “O Feitiço de Xangai”, que venceu o Prémio da Crítica.
Em
1997, Juan Marsé foi distinguido com o Prémio Juan Rulfo da Literatura
Latino-Americana e do Caribe, pelo conjunto da sua obra. Em 2000, publicou
“Rabos de Lagartixa”. Vários dos seus livros estão editados em Portugal
e três foram adaptados ao cinema. Em 2008, recebeu o prestigioso Prémio
Cervantes.
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