EFEMÉRIDE - Beatriz de
Toledo Segall, actriz brasileira de
teatro, cinema e televisão, nasceu no Rio de Janeiro em 25 de Julho de 1926,
completando hoje 92 anos de idade. Conhecida por interpretar a grande vilã Odete Roitman em “Vale Tudo”, um sucesso da teledramaturgia brasileira, Beatriz é
considerada uma das grandes actrizes brasileiras.
Nascida numa família da classe média, Beatriz recebeu uma educação esmerada para os padrões da época – aprendeu francês, piano e costura. Na escola, assistia sempre, encantada, aos ensaios das peças teatrais, mas - no fim dos anos 1940 - as raparigas “de família” eram mantidas longe do ambiente “promíscuo” do teatro. Por isso, quando Beatriz comunicou em casa que pretendia integrar o elenco de uma peça profissional, o pai reagiu mal, dizendo «Pode ir, mas isso vai me dar um grande desgosto». Beatriz desistiu. Em 1946, foi professora de francês, tendo leccionado no Colégio Municipal Barão do Rio Branco. Anos mais tarde, surpreendeu a mãe com a notícia de que tinha ganho uma bolsa para estudar Teatro e Literatura em Paris. Dessa vez, não pretendia abrir mão e começou a seguir cursos de teatro, no início dos anos 1950. Trabalhou com Henriette Morineau.
Em Paris, prosseguiu os estudos e conheceu Maurício Segall, com quem se casou em 1954, tendo tido três filhos. Nessa época, abandonou a carreira para retomá-la somente em 1964. No início da década de 1970, o marido foi preso por pertencer à ALN (organização revolucionária, durante a ditadura militar), fazendo com que passasse por um período de dificuldades.
Fez uma longa carreira, sempre voltada para o teatro, embora tenha trabalhado no cinema, onde se estreara em 1950, no filme “A Beleza do Diabo” de Romain Lesage.
Interpretou personagens que marcaram a história da televisão brasileira, como Lourdes Mesquita de “Água Viva” (1980), mas foi a personagem Odete Roitman em “Vale Tudo” (1988) da Rede Globo, considerada uma das maiores vilãs da história da televisão brasileira, que marcou a sua carreira televisiva. O sucesso da personagem tem inspirado interpretações de vilões de novelas até aos nossos dias. Além disso, o jargão “quem matou Odete Roitman?” (referindo-se ao assassinato da personagem) é até hoje repetido em alusão aos mistérios das tramas em telenovelas. Beatriz revelou, em entrevistas, que não gostava de falar sobre esta personagem, afirmando que, pela popularidade dela, acabou por nunca mais ter sido reconhecida de igual modo noutros trabalhos e que isso a desgostava.
Destacara-se já através doutras personagens, como a Celina de “Dancin' Days” (1978); a Laura de “Sol de Verão” (1982); a Eunice de “Champagne” (1983) no qual interpretou a sua única personagem pobre na TV; e a Alzira de “Carmem” (1987) da Rede Manchete. Fez com sucesso a Miss Penélope Brown de “Barriga de Aluguer” (1990); a Stella de “De Corpo e Alma” (1992); a Paula de “Sonho Meu” (1993); e a Clotilde Jordão de “Anjo Mau”.
Em 2006, após nove anos sem integrar o elenco fixo de uma telenovela, preferindo dedicar-se apenas ao teatro, aceitou o convite da IV Record, para “Bicho do Mato”, onde viveu o papel de Bárbara, uma avó fria e sem coração, que vivia em guerra com a neta por não a ver dentro dos padrões da alta-sociedade. Em 2011, a convite da Rede Globo e do autor Aguinaldo Silva, interpretou mais uma vilã: Maria Beatriz, personagem contra a protagonista Lara Romero Susana Vieira, na 1ª temporada da série “Lara com Z”. Em 2012, actuou na novela “Lado a Lado” da Rede Globo, interpretando Madame Besançon.
Em 2009, foi agraciada com a comenda da Ordem do Ipiranga pelo governo do Estado de São Paulo.
Em 21 de Julho de 2013, nas vésperas do seu aniversário, caiu num buraco numa calçada do bairro da Gávea (Rio de Janeiro), aleijando-se seriamente. Na ocasião, Beatriz Segall chegou a receber um telefonema e um pedido de desculpas do prefeito Eduardo Paes.
Em 2015 (com 89 anos), Beatriz regressou à Rede Globo para estrear “Os Experientes”, uma série em quatro capítulos.
Nascida numa família da classe média, Beatriz recebeu uma educação esmerada para os padrões da época – aprendeu francês, piano e costura. Na escola, assistia sempre, encantada, aos ensaios das peças teatrais, mas - no fim dos anos 1940 - as raparigas “de família” eram mantidas longe do ambiente “promíscuo” do teatro. Por isso, quando Beatriz comunicou em casa que pretendia integrar o elenco de uma peça profissional, o pai reagiu mal, dizendo «Pode ir, mas isso vai me dar um grande desgosto». Beatriz desistiu. Em 1946, foi professora de francês, tendo leccionado no Colégio Municipal Barão do Rio Branco. Anos mais tarde, surpreendeu a mãe com a notícia de que tinha ganho uma bolsa para estudar Teatro e Literatura em Paris. Dessa vez, não pretendia abrir mão e começou a seguir cursos de teatro, no início dos anos 1950. Trabalhou com Henriette Morineau.
Em Paris, prosseguiu os estudos e conheceu Maurício Segall, com quem se casou em 1954, tendo tido três filhos. Nessa época, abandonou a carreira para retomá-la somente em 1964. No início da década de 1970, o marido foi preso por pertencer à ALN (organização revolucionária, durante a ditadura militar), fazendo com que passasse por um período de dificuldades.
Fez uma longa carreira, sempre voltada para o teatro, embora tenha trabalhado no cinema, onde se estreara em 1950, no filme “A Beleza do Diabo” de Romain Lesage.
Interpretou personagens que marcaram a história da televisão brasileira, como Lourdes Mesquita de “Água Viva” (1980), mas foi a personagem Odete Roitman em “Vale Tudo” (1988) da Rede Globo, considerada uma das maiores vilãs da história da televisão brasileira, que marcou a sua carreira televisiva. O sucesso da personagem tem inspirado interpretações de vilões de novelas até aos nossos dias. Além disso, o jargão “quem matou Odete Roitman?” (referindo-se ao assassinato da personagem) é até hoje repetido em alusão aos mistérios das tramas em telenovelas. Beatriz revelou, em entrevistas, que não gostava de falar sobre esta personagem, afirmando que, pela popularidade dela, acabou por nunca mais ter sido reconhecida de igual modo noutros trabalhos e que isso a desgostava.
Destacara-se já através doutras personagens, como a Celina de “Dancin' Days” (1978); a Laura de “Sol de Verão” (1982); a Eunice de “Champagne” (1983) no qual interpretou a sua única personagem pobre na TV; e a Alzira de “Carmem” (1987) da Rede Manchete. Fez com sucesso a Miss Penélope Brown de “Barriga de Aluguer” (1990); a Stella de “De Corpo e Alma” (1992); a Paula de “Sonho Meu” (1993); e a Clotilde Jordão de “Anjo Mau”.
Em 2006, após nove anos sem integrar o elenco fixo de uma telenovela, preferindo dedicar-se apenas ao teatro, aceitou o convite da IV Record, para “Bicho do Mato”, onde viveu o papel de Bárbara, uma avó fria e sem coração, que vivia em guerra com a neta por não a ver dentro dos padrões da alta-sociedade. Em 2011, a convite da Rede Globo e do autor Aguinaldo Silva, interpretou mais uma vilã: Maria Beatriz, personagem contra a protagonista Lara Romero Susana Vieira, na 1ª temporada da série “Lara com Z”. Em 2012, actuou na novela “Lado a Lado” da Rede Globo, interpretando Madame Besançon.
Em 2009, foi agraciada com a comenda da Ordem do Ipiranga pelo governo do Estado de São Paulo.
Em 21 de Julho de 2013, nas vésperas do seu aniversário, caiu num buraco numa calçada do bairro da Gávea (Rio de Janeiro), aleijando-se seriamente. Na ocasião, Beatriz Segall chegou a receber um telefonema e um pedido de desculpas do prefeito Eduardo Paes.
Em 2015 (com 89 anos), Beatriz regressou à Rede Globo para estrear “Os Experientes”, uma série em quatro capítulos.
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