EFEMÉRIDE - Bernardo Joaquim
da Silva Guimarães, romancista e poeta
brasileiro, nasceu em Ouro Preto no dia 15 de Agosto de 1825. Morreu na
mesma localidade em 10 de Março de 1884. É o patrono da cadeira nº 5 da Academia Brasileira de Letras.
Formou-se na Faculdade de Direito de São Paulo em 1851. Nesta cidade, tornou-se amigo dos poetas Álvares de Azevedo e Aureliano Lessa. Os três e outros estudantes fundaram a Sociedade Epicureia.
Na época em que participou na criação da Sociedade Epicureia, Bernardo Guimarães teria introduzido no Brasil o bestialógico (ou pantagruélico), género de poesia cujos versos não tinham nenhum sentido, embora bem metrificados. Usando do burlesco, do satírico e do nonsense, esta poesia fez de Bernardo Guimarães um precursor brasileiro do surrealismo.
A maior parte dessa poesia não foi publicada, porque era considerada pornográfica e perdeu-se. Para alguns críticos, como Haroldo de Campos, o melhor do escritor seria o bestialógico. Um exemplo dessa produção (não-pornográfica) é o soneto “Eu Vi dos Pólos o Gigante Alado”.
O seu livro mais conhecido é “A Escrava Isaura”. Foi publicado pela primeira vez em 1875. Conta as agruras de uma bela escrava branca, que vivia numa fazenda na região norte do Estado do Rio de Janeiro.
O romance foi levado à televisão pela Rede Globo em 1976 e 1977 e pela Rede Record em 2004. A versão da Globo foi exportada para cerca de 150 países. Na China, protagonizada por Lucélia Santos, a “Escrava Isaura” foi vista por milhões de telespectadores. Uma edição do livro, neste país, teve pelo menos uma tiragem de 300 mil exemplares.
O livro de Bernardo Guimarães mais bem aceite pela crítica foi “O seminarista”, cuja primeira edição é de 1872. Permanece actual porque questiona o celibato dos padres. Conta a história de um fazendeiro de Minas Gerais que obriga o filho a ser padre. O filho, porém, ama desde criança Margarida, filha de uma agregada da fazenda. Ele tenta abandonar o Seminário de Congonhas em Minas Gerais, mas o pai inventa que Margarida se casou. É ordenado padre e quase endoidece no dia em que volta à sua cidade, para rezar a primeira missa e se depara, na igreja, com um cadáver, o de Margarida, que tinha estado muito doente.
Duas das suas poesias mais conhecidas são consideradas eróticas, embora não sejam do período bestialógico. Trata-se de “O Elixir do Pajé” e “A Origem do Mênstruo”. Ambas foram publicadas clandestinamente em 1875.
Em 1852, tornou-se juiz municipal e de órfãos em Catalão (Goiás). Exerceu o cargo até 1854. Em 1858, mudou-se para o Rio de Janeiro. Em 1859, trabalhou como jornalista e crítico literário no jornal “Atualidade”, do Rio de Janeiro. Em 1861, reassumiu o cargo de juiz municipal e de órfãos de Catalão. Foi quando, ao ocupar interinamente o juizado de direito, Bernardo Guimarães convocou uma sessão extraordinária do júri, que libertou 11 réus porque «a cadeia não estava em condições de albergá-los». Em 1864, voltou para o Rio de Janeiro. Em 1866, foi nomeado professor de Retórica e Poética no Liceu Mineiro de Ouro Preto. Em 1867, casou-se. Em 1873, leccionou Latim e Francês em Queluz (Minas Gerais). Em 1881, foi homenageado pelo imperador Dom Pedro II. Morreu pobre, em Março de 1884.
Formou-se na Faculdade de Direito de São Paulo em 1851. Nesta cidade, tornou-se amigo dos poetas Álvares de Azevedo e Aureliano Lessa. Os três e outros estudantes fundaram a Sociedade Epicureia.
Na época em que participou na criação da Sociedade Epicureia, Bernardo Guimarães teria introduzido no Brasil o bestialógico (ou pantagruélico), género de poesia cujos versos não tinham nenhum sentido, embora bem metrificados. Usando do burlesco, do satírico e do nonsense, esta poesia fez de Bernardo Guimarães um precursor brasileiro do surrealismo.
A maior parte dessa poesia não foi publicada, porque era considerada pornográfica e perdeu-se. Para alguns críticos, como Haroldo de Campos, o melhor do escritor seria o bestialógico. Um exemplo dessa produção (não-pornográfica) é o soneto “Eu Vi dos Pólos o Gigante Alado”.
O seu livro mais conhecido é “A Escrava Isaura”. Foi publicado pela primeira vez em 1875. Conta as agruras de uma bela escrava branca, que vivia numa fazenda na região norte do Estado do Rio de Janeiro.
O romance foi levado à televisão pela Rede Globo em 1976 e 1977 e pela Rede Record em 2004. A versão da Globo foi exportada para cerca de 150 países. Na China, protagonizada por Lucélia Santos, a “Escrava Isaura” foi vista por milhões de telespectadores. Uma edição do livro, neste país, teve pelo menos uma tiragem de 300 mil exemplares.
O livro de Bernardo Guimarães mais bem aceite pela crítica foi “O seminarista”, cuja primeira edição é de 1872. Permanece actual porque questiona o celibato dos padres. Conta a história de um fazendeiro de Minas Gerais que obriga o filho a ser padre. O filho, porém, ama desde criança Margarida, filha de uma agregada da fazenda. Ele tenta abandonar o Seminário de Congonhas em Minas Gerais, mas o pai inventa que Margarida se casou. É ordenado padre e quase endoidece no dia em que volta à sua cidade, para rezar a primeira missa e se depara, na igreja, com um cadáver, o de Margarida, que tinha estado muito doente.
Duas das suas poesias mais conhecidas são consideradas eróticas, embora não sejam do período bestialógico. Trata-se de “O Elixir do Pajé” e “A Origem do Mênstruo”. Ambas foram publicadas clandestinamente em 1875.
Em 1852, tornou-se juiz municipal e de órfãos em Catalão (Goiás). Exerceu o cargo até 1854. Em 1858, mudou-se para o Rio de Janeiro. Em 1859, trabalhou como jornalista e crítico literário no jornal “Atualidade”, do Rio de Janeiro. Em 1861, reassumiu o cargo de juiz municipal e de órfãos de Catalão. Foi quando, ao ocupar interinamente o juizado de direito, Bernardo Guimarães convocou uma sessão extraordinária do júri, que libertou 11 réus porque «a cadeia não estava em condições de albergá-los». Em 1864, voltou para o Rio de Janeiro. Em 1866, foi nomeado professor de Retórica e Poética no Liceu Mineiro de Ouro Preto. Em 1867, casou-se. Em 1873, leccionou Latim e Francês em Queluz (Minas Gerais). Em 1881, foi homenageado pelo imperador Dom Pedro II. Morreu pobre, em Março de 1884.
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