domingo, 13 de janeiro de 2019

13 DE JANEIRO - HAROLD SHIPMAN


EFEMÉRIDE - Harold Frederick Shipman, médico e assassino em série britânico, suspeito da morte de, pelo menos, 215 pacientes, entre a década de 1970 e o final da década de 1990, morreu em Wakefield no dia 13 de Janeiro de 2004. Nascera em Nottingham, em 14 de Janeiro de 1946.
Conhecido como o “Doutor Morte”, este inglês é um dos maiores assassinos em série do mundo. Até hoje, os seus motivos para “justificar” os assassinatos que cometeu são desconhecidos.
Este chefe de família assassinava os seus pacientes, especialmente os que estavam em estado terminal e aqueles que pareciam importunos. O seu aspecto benevolente servia como capa perfeita para esconder os seus crimes. Ele próprio se encarregava de emitir as certidões de óbito.
No dia 31 de Janeiro de 2000, Harold foi condenado a prisão perpétua. No dia 13 de Janeiro de 2004, o “Doutor Morte” suicidou-se na sua cela prisional. Nunca demonstrou arrependimento pelos seus actos.
A sua mãe falecera em 1963, vítima de cancro no pulmão, tinha ele 17 anos. Estudou no Novo Colégio de Nottingham e depois na Universidade de Leeds. Foi residente, em 1965, no Bodington Hall, que alberga a escola de medicina. Foi ali que conheceu aquela que viria a ser sua esposa, Primrose, com menos três anos que ele. Casaram-se em 1966 e tiveram 4 filhos. Em 1970, Harold terminou os estudos e começou a exercer medicina na General Infirmary de Pontefract, cidade no sudeste de Londres. Parece que foi nesta época que começou a assassinar certas pessoas.
Em 1975, foi detido por ter em seu poder receitas de Petidina para seu próprio consumo. Foi enviado, por algum tempo, para um centro de desintoxicação.
Foi objecto de um inquérito iniciado em Março de 1998 e abandonado em Abril, depois, retomado em Junho, no seguimento da morte de Katleen Grundy, a sua última vítima. Foi decidido que havia já elementos suficientes para concluir que ele tinha matado um total de quinze pessoas, mulheres na sua maioria.  Foi preso em Setembro.
A sua vítima mais jovem tinha sido um homem de 41 anos. Algumas fontes sugeriram que Shipman teria tirado a vida a mais de quatrocentas pessoas. Ele administrava uma dose letal de morfina e assinava os certificados de óbito, falsificando os dossiers médicos de modo a que as mortes fossem imputáveis a um mau estado de saúde.
Em Janeiro de 2000, foi considerado culpado de 15 assassinatos e condenado a prisão perpétua. Em 2002, um relatório oficial baseado em 2 500 testemunhos e a análise de mais de 270 000 documentos concluiu que ele tinha matado 215 pessoas. A legislação britânica relativa à saúde e aos medicamentos foi revista e profundamente modificada no seguimento destas ocorrências.

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