domingo, 27 de janeiro de 2019

27 DE JANEIRO - ADRIANA DE OLIVEIRA


EFEMÉRIDE - Adriana de Oliveira, modelo brasileira, morreu em Ouro Fino no dia 27 de Janeiro de 1990. Nascera em Santo André, em 11 de Agosto de 1969.  Tornou-se conhecida ao vencer a etapa nacional do concurso Supermodel of the World 1989 e foi uma das modelos de maior sucesso no Brasil do fim da década de 1980. Foi capa e assunto de editoriais nas mais cotadas revistas da época, como “Nova, Manequim”, “Moda Brasil” e “Cláudia”, chegando a figurar na lista das Dez Mulheres Mais Lindas do Planeta em 1989, após a sua classificação na final mundial do Supermodel of the World em Los Angeles.
Adriana morreu após ingerir, juntamente com amigos, um cocktail de drogas, álcool e tranquilizantes, num local no interior de Minas Gerais - um dos casos de maior repercussão mediática ocorridos no Brasil, envolvendo o uso de drogas. Apesar da comoção em torno do caso, ninguém foi responsabilizado ou condenado pois, segundo a justiça, não houve vontade dos três envolvidos em perpetrar a morte da modelo.
Filha de uma dona de casa e de um metalúrgico aposentado da Mercedes Benz, pertencia à classe média paulista.  Adriana cresceu com o único irmão, dois anos mais velho.
Tida como meiga e muito estudiosa, durante a infância e a adolescência, praticou natação e teve aulas particulares de piano durante cinco anos. Caseira, costumava ajudar a mãe nas tarefas domésticas e era fã das bandas Ira e Legião Urbana, bem como do cantor Cazuza. Adriana também gostava de praticar desportos, como body boarding e full contact, este último aconselhado pelo namorado, que conheceu nos tempos de escola. Antes de se tornar modelo conhecida, formou-se como técnica em Processamento de Dados, em 1987.
Em 1985, aos quinze anos, Adriana foi sorteada numa festa de bairro e recebeu como prémio um curso de manequim. Embora não se empolgasse demasiado com esta carreira, incentivada pelo irmão, procurou uma agência de modelos um ano depois e posou para as suas primeiras fotos. A partir daí, começou a ser chamada para fazer pequenos desfiles e catálogos de moda, incluindo uma campanha de Natal para as lojas Mesbla e a capa da revista “Carícia”.
Aos dezoito anos e com perfil de modelo fotográfico e de passerelle, em virtude de ter corpo e rosto fotogénicos, a “Cinderela de Santo André”, como viria a ser conhecida, foi convidada para fazer parte do casting da agência de modelos Class, em São Paulo, uma das mais conhecidas de então no Brasil. Em pouco tempo, já tinha uma média de vinte e cinco contratos por mês, tornando-se a modelo mais requisitada da agência. O sucesso repentino logo a levaria a passar uma temporada no Japão.
A sua carreira consolidou-se em Junho de 1989, ao derrotar sete mil concorrentes e vencer em primeiro lugar a etapa brasileira do concurso Supermodel of the World. Em Agosto do mesmo ano, disputou a final mundial em Los Angeles e ficou entre as dez finalistas. Os convites para participar em desfiles, ensaios fotográficos e comerciais multiplicaram-se. Adriana passou também a figurar nas páginas das revistas mais conhecidas da época.
Foi assim que Adriana de Oliveira chegou à agência Class, que viu nela um enorme potencial e resolveu investir.  Tornou-se a modelo mais requisitada da agência, sendo considerada o «rosto dos anos 90».
No fim de 1989, com apenas dois anos de trabalho, foi elevada à categoria de top-model, sendo incluída na lista das dez modelos de maior sucesso no mundo, naquele ano. Semanas antes de falecer, em Janeiro de 1990, tinha viagem marcada para a Alemanha e posou para quatro revistas internacionais.
No sábado, 27 de Janeiro de 1990, pela manhã, ela, o namorado e um casal amigo beberam álcool e usaram drogas. Por volta das 15 h, Adriana sentiu-se mal, quanfo admirava a paisagem através de um binóculo, e caiu no chão começando a contorcer-se com dores e a gritar com convulsões. Perdeu os sentidos.  Para não a levarem ao hospital, tentaram reanimá-la, com respiração boca-a-boca e um jacto de água fria no rosto. Com a ajuda de um vizinho, que também tentou ajudar, levaram-na então ao hospital, mas já era tarde demais para a salvar.
Segundo a certidão de óbito, tinha havido uma combinação fatal de várias substâncias, como cocaína, maconha, álcool e um tranquilizante (Diazepam). A carreira de Adriana acabava prematuramente, quando muito havia a esperar dela. Tinha apenas 20 anos.

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