quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

24 DE JANEIRO - GIANNI AGNELLI


EFEMÉRIDE - Giovanni “GianniAgnelli, industrial e homem de negócios italiano, co-proprietário e dirigente da Fiat, morreu em Turim no dia 24 de Janeiro de 2003. Nascera na mesma cidade em 12 de Março de 1921. Chamavam-lhe ‘o Advogado’. Era fã incondicional da Juventus.
Neto de Giovanni Agnelli, de quem herdou em 1966 a direcção da empresa familiar Fiat, depois de um período de “regência” de Vittorio Valletta. Foi justamente Valletta, um dos últimos sobreviventes do núcleo fundador, que formou o jovem Gianni para uma sucessão difícil e estratégica. Iniciou-o também, particularmente, nas relações com o mundo da política.
Gianni Agnelli soube fazer da Fiat a maior empresa italiana e um dos principais construtores de automóveis na Europa. Paralelamente, desenvolveu também as outras empresas do grupo, que incluíam sociedades presentes nos sectores militares e estratégicos.
Durante a Segunda Guerra Mundial, seguiu formação militar numa Escola de Aplicação de Cavalaria nos arredores de Turim e licenciou-se em Direito na universidade da capital piemontesa. Foi mobilizado para a guerra, num regimento de carros de combate, e enviado para a frente russa e depois para o Norte de África, onde foi ferido. Depois do armistício, serviu como oficial de ligação com as tropas aliadas.
Regressado à vida civil, abriu várias fábricas Fiat pelo mundo fora, da URSS à América do Sul, e teceu uma rede apertada de alianças e de co-empresas. Nos anos 1970, durante a crise petrolífera, cedeu a uma sociedade líbia, ligada ao coronel Kadhafi, 10% das acções Fiat, que recuperou alguns anos depois.
Entre 1974 e 1976, foi presidente da Confindustria. As suas relações com a esquerda italiana representaram a essência das relações da indústria com as forças políticas e com os sindicatos.
Gianni Agnelli foi nomeado senador em 1991, em representação do Gruppo per le Autonomie e participou na Comissão de defesa do Senado.
No começo dos anos 2000, abriu o capital da Fiat unicamente aos americanos da General Motors, com os quais fez um acordo que o tornou o principal accionista da GM.
A crise económica da actividade automóvel no grupo Fiat surgiu quando Agnelli já lutava contra um cancro que o mataria em Janeiro de 2003 e o impediu de participar activamente nos acontecimentos.
Agnelli foi o personagem mais importante e prestigiado da economia italiana e um símbolo do capitalismo da segunda metade do século XX.
Homem culto, dotado de um sentido de humor sui generis, ele terá sido - na sua época - o italiano mais conhecido no estrangeiro, mantendo relações com banqueiros e políticos a nível internacional.
Em 2002, legou à cidade de Turim um imenso património de quadros, pondo assim à disposição dos seus concidadãos a sua extraordinária pinacoteca.

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