EFEMÉRIDE - Bruno Alfred
Döblin, médico e escritor alemão ligado ao Expressionismo e
influenciado pelo Futurismo, morreu em Emmendingen no dia 26 de Junho de
1957. Nascera em Estetino, em 10 de Agosto de 1878. Adquiriu a
nacionalidade francesa em 1936.
Nasceu em Estetino (então Stettin, Prússia, hoje Szczesin, Polónia) no seio de uma família de comerciantes de origem judaica. Formado em Medicina, Alfred Döblin trabalhou como neurologista entre 1905 e 1930, tendo servido, como médico, na frente alsaciana durante a Primeira Guerra Mundial. Em 1912, casara-se com Erna Reiss, de quem teve quatro filhos.
No mesmo período, começou a dedicar-se (e a salientar-se) como escritor e intelectual, na cena cultural de Berlim. A reacção de Döblin ao programa artístico futurista apareceu em 1913, sob a forma de um manifesto intitulado “Aos romancistas e seus críticos. Programa Berlinense”, em que reconhece a necessidade de uma actualização das formas de expressão artística, inclusive a literatura, condenando, porém, elementos do manifesto futurista, como o repúdio pela tradição estética, a incitação à guerra e a doutrinação intelectual.
Em 1916, recebe o Prémio Theodor Fontane de Literatura, juntamente com a quantia de 600 marcos alemães, pela obra “Die drei Sprünge des Wang-lun”.
Em 1920, passou a integrar a Associação de Escritores Alemães, tornando-se presidente da mesma em 1924. Nesse período, ele circulou por diversos grupos artísticos, como o movimento em torno de Herwarth Walden e a sua revista “Der Sturm” (“A Tempestade”). Como outros escritores da época, utilizava também a rádio para difusão dos seus trabalhos.
Em 1929, obteve sucesso mundial com o romance “Berlin Alexanderplatz”, escrito durante a guerra. Fugindo ao nacional-socialismo e ao clima de perseguição enfrentado pelos judeus, Döblin, a esposa e os filhos emigraram, primeiro para França, em 1933, e em seguida para os EUA (via Espanha e Portugal) em 1940, para escapar à invasão nazi. Em 1941, Döblin converteu-se à religião católica, num acto revestido de alguma polémica entre a comunidade intelectual judaica exilada nos EUA.
Em Outubro de 1945, Alfred Döblin foi um dos primeiros a regressar do exílio e a envolver-se activamente no “saneamento” e renascimento da actividade cultural alemã do pós-guerra. Em 1949, foi um dos co-fundadores da Academia de Ciências e Literatura Alemã em Mogúncia (Mainz). Algo desapontado com a evolução política na Alemanha do pós-guerra, Döblin regressou a França em 1953.
Morreu em 1957, devido ao agravamento da doença de Parkinson, de que padecia desde 1953. A sua mulher viria a suicidou-se, em Paris, três meses depois.
Nasceu em Estetino (então Stettin, Prússia, hoje Szczesin, Polónia) no seio de uma família de comerciantes de origem judaica. Formado em Medicina, Alfred Döblin trabalhou como neurologista entre 1905 e 1930, tendo servido, como médico, na frente alsaciana durante a Primeira Guerra Mundial. Em 1912, casara-se com Erna Reiss, de quem teve quatro filhos.
No mesmo período, começou a dedicar-se (e a salientar-se) como escritor e intelectual, na cena cultural de Berlim. A reacção de Döblin ao programa artístico futurista apareceu em 1913, sob a forma de um manifesto intitulado “Aos romancistas e seus críticos. Programa Berlinense”, em que reconhece a necessidade de uma actualização das formas de expressão artística, inclusive a literatura, condenando, porém, elementos do manifesto futurista, como o repúdio pela tradição estética, a incitação à guerra e a doutrinação intelectual.
Em 1916, recebe o Prémio Theodor Fontane de Literatura, juntamente com a quantia de 600 marcos alemães, pela obra “Die drei Sprünge des Wang-lun”.
Em 1920, passou a integrar a Associação de Escritores Alemães, tornando-se presidente da mesma em 1924. Nesse período, ele circulou por diversos grupos artísticos, como o movimento em torno de Herwarth Walden e a sua revista “Der Sturm” (“A Tempestade”). Como outros escritores da época, utilizava também a rádio para difusão dos seus trabalhos.
Em 1929, obteve sucesso mundial com o romance “Berlin Alexanderplatz”, escrito durante a guerra. Fugindo ao nacional-socialismo e ao clima de perseguição enfrentado pelos judeus, Döblin, a esposa e os filhos emigraram, primeiro para França, em 1933, e em seguida para os EUA (via Espanha e Portugal) em 1940, para escapar à invasão nazi. Em 1941, Döblin converteu-se à religião católica, num acto revestido de alguma polémica entre a comunidade intelectual judaica exilada nos EUA.
Em Outubro de 1945, Alfred Döblin foi um dos primeiros a regressar do exílio e a envolver-se activamente no “saneamento” e renascimento da actividade cultural alemã do pós-guerra. Em 1949, foi um dos co-fundadores da Academia de Ciências e Literatura Alemã em Mogúncia (Mainz). Algo desapontado com a evolução política na Alemanha do pós-guerra, Döblin regressou a França em 1953.
Morreu em 1957, devido ao agravamento da doença de Parkinson, de que padecia desde 1953. A sua mulher viria a suicidou-se, em Paris, três meses depois.
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