EFEMÉRIDE
– Jean Moréas, de seu verdadeiro nome Ioánnis A. Papadiamantópoulos, poeta grego de
expressão francesa, ensaísta, crítico de arte e autor do “Manifesto do
Simbolismo”, nasceu em Atenas no dia 15 de Abril de 1856. Morreu em Paris,
em 30 de Abril de 1910.
Foi
para Paris em 1875, para fazer os estudos de Direito. Na capital
francesa, frequentou alguns círculos literários, nomeadamente os Hydropathes.
Voltou brevemente à Grécia, antes de se fixar definitivamente em Paris (1880).
Em
1884, publicou vários trabalhos nos periódicos “Lutèce” e “Le Chat
Noir”, editando também a sua primeira recolha poética, “Les Syrtes”.
Dois anos depois, publicou “Cantilènes”. Inspirados em Verlaine, estes
dois livros poderiam ser considerados como ligados ao movimento decadente,
não fosse o caso do seu autor o refutar, reivindicando a etiqueta simbolista.
Ele recusava, com efeito, o esoterismo da poesia decadente, bem assim
como a ambiguidade do epíteto.
Moréas
desenvolveu esta concepção no “Manifesto Literário”, que publicou num
suplemento literário do “Fígaro” em Setembro de 1886 e que fundou o movimento
simbolista, que rompeu definitivamente com o decadentismo. Em
Outubro de 1886, Jean Moréas fundou também uma revista, “Le Symboliste”,
juntamente com Paul Adam e Gustave Kahn. Tentando passar da teoria à prática,
publicou “Les Demoiselles Goubert” (1886), em colaboração com Paul Adam.
Aprofundando
a sua estética literária, desviou-se depois do simbolismo para fundar –
em 1892 – a escola romana, que queria romper com o hermetismo e opor à «obscuridade
e às brumas do norte, a luz do mundo greco-latino», provocando um vivo
debate no ceio da revista “L'Ermitage” e noutras. A sua recolha de
poemas mais célebre “Stances” (1899) ilustrou já este novo estilo.
Jean
Moréas foi condecorado pelo governo francês com o grau de Oficial da Legião
de Honra.
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