EFEMÉRIDE
– Henrique José de Sousa Neto, empresário, ex-deputado do Partido
Socialista, comentador e colunista político, nasceu em Lisboa no dia 27 de
Abril de 1936. Apresentou-se em Março de 2015 como candidato às eleições
presidenciais do próximo ano.
Estudou
na Escola Industrial Fonseca Benevides de Lisboa e, em seguida, na Escola
Comercial da Marinha Grande, cidade de origem da sua família, tendo voltado
para a capital aos catorze anos. Começou a trabalhar como aprendiz de
metalúrgico numa fábrica de moldes, onde se viria a tornar director e, mais
tarde, proprietário.
Em
1975, conjuntamente com o Eng.º Joaquim Menezes, fundou a empresa Iberomoldes,
que se transformaria nos anos seguintes na holding de um grupo de doze empresas
industriais com mais de 1 000 funcionários. Foi a partir deste grupo que nasceu
a SET, uma empresa de engenharia especializada no desenvolvimento de
produtos inovadores, e a IBEROLEFF, em Pombal, para a produção e
exportação de componentes para as empresas automobilísticas e industriais. Em
2009, vendeu a sua posição ao referido co-fundador.
Juntamente
com a sua vida profissional na indústria, também começou muito jovem na
política activa, influenciado pelo seu ambiente familiar que não era alinhado
com o regime do Estado Novo. Esteve filiado na Juventude do Movimento
de Unidade Democrática e, através dela, participou em conferências
anti-regime e reproduziu clandestinamente documentos em casa, nomeadamente para
a campanha presidencial do general Humberto Delgado. Em 1969, esteve prestes a
ser preso devido a estas actividades.
Juntou-se
ao Partido Comunista em 1968, mas saiu em 1975, depois da Revolução
dos Cravos, dedicando-se posteriormente apenas à vida empresarial.
Em
1993, filiou-se no Partido Socialista, a convite de Jorge Sampaio. Foi
eleito deputado em 1995 e ocupou as funções de vice-presidente da Comissão
Parlamentar de Economia, Finanças e Plano, até ao final do seu mandato, em
1999.
No
congresso do PS, em Novembro de 2002, redigiu uma moção (“Pensar
Portugal”), onde pedia um debate interno mais amplo.
Em
2009, insurgiu-se contra o Governo de José Sócrates e foi um dos vinte e oito
signatários de um documento tornado público, que ficou conhecido por “Manifesto
dos 28” , no
qual se dizia que «era um absurdo insistir em investimentos públicos de
baixa ou nula rentabilidade e com fraca criação de emprego». Mais tarde, em
Março de 2013, foi um dos mentores do “Manifesto pela Democratização do
Regime”. De novo, em Agosto de 2014, voltou a ser uma das trinta
personalidades que assinaram outro manifesto, a que deram o título de “Por
uma Democracia de Qualidade”, propondo reformas prioritárias para o sistema
político português.
É um
dos conselheiros da SEDES – Associação para o Desenvolvimento
Económico e Social.
Entre
diversas distinções recebidas, contam-se as de Grande-Oficial da Ordem do
Infante D. Henrique (2000) e de Grande-Oficial da Ordem Civil do Mérito
Agrícola, Industrial e Comercial – Classe Industrial (2006).
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