EFEMÉRIDE
– José Donoso, jornalista, professor e escritor chileno, morreu em
Santiago do Chile no dia 7 de Dezembro de 1996. Nascera na mesma cidade em
25 de Setembro de 1925.
Em
1957, enquanto vivia com uma família de pescadores, publicou o seu primeiro romance,
“Coronación”, no qual realizou uma descrição magistral das classes
abastadas de Santiago e da sua decadência. Em 1963, este livro foi publicado
nos Estados Unidos.
Posteriormente,
mudou-se para Espanha, onde residiu entre 1967 e 1981. Ali publicou “El
obsceno pájaro de la noche” (1970), considerado um de seus melhores
trabalhos e, certamente, o de maior inspiração e ambição literária. Em 1972,
escreveu o ensaio “Historia personal del Boom” e, em 1973, as novelas “Tres
novelitas burguesas”. Quando do golpe de Estado de Pinochet, em 1973,
considerou-se auto-exilado em Espanha.
Em
1978, publicou “Casa de campo”, romance de crítica subtil à ditadura
chilena, que obteve o Prémio da Crítica em 1979. O seu romance erótico “La
misteriosa desaparición de la marquesita de Loria” (1979) demonstrou, para
alguns, que não dominava com igual mestria todos os géneros literários. Não
obstante, “El jardín de al lado” (1981) e “La desesperanza”
(1986) recuperaram o brilho de um dos mais importantes autores chilenos. Em 1990,
recebeu o Prémio Nacional de Literatura.
Como
jornalista, trabalhou na revista chilena “Ercilla” (1960/65) e colaborou
com o magazine mexicano “Siempre”. Foi membro da Academia Chilena de la Lengua.
Em
2007, já após a sua morte, foi editado um seu romance inédito, “Largatija
sin cola”, bem como uma biografia escrita pela sua filha, Pilar Donoso.
José
Donoso é hoje considerado, a par de Gabriel García Marquez ou de Júlio Cortazar, um dos maiores escritores
latino-americanos da segunda metade do século XX.
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