EFEMÉRIDE
– Mário de Azevedo Gomes, silvicultor, botânico, professor universitário e
político português, nasceu em Angra do Heroísmo, nos Açores, em 22 de Dezembro
de 1885. Morreu em Lisboa no dia 12 de Dezembro de 1965. Entre outras
funções de relevo, foi responsável pelo ministério da Agricultura em
1923/24.
Licenciou-se
em Engenharia
Agronómica em 1907, enveredando por uma carreira na área
da silvicultura e da investigação e ensino universitário. Foi admitido como
professor no Instituto Superior de Agronomia em 1914, exercendo funções
docentes até 1946. Voltou à docência em 1951, jubilando-se em 1955.
Foi
fundador e primeiro director da Estação Agrícola Nacional e dirigiu os
programas de extensão rural, então designados por instrução agrícola,
entre 1919 e 1925.
De
Dezembro de 1923 a
Fevereiro de 1924, foi ministro da Primeira República, integrando o
executivo presidido por Álvaro de Castro. Após o golpe militar de 28 de Maio de
1926, aderiu à oposição democrática, sendo uma das figuras mais ilustres
da oposição anti-salazarista.
Foi
colaborador da revista “Seara Nova” e membro da Comissão Central
do Movimento de Unidade Democrática (MUD), que presidiu. Em 1946,
foi-lhe instaurado um processo disciplinar por ter redigido um manifesto
crítico sobre o posicionamento de Portugal face à Organização das Nações
Unidas (ONU), de que resultou a sua demissão do lugar de professor
da Universidade Técnica de Lisboa. Foi readmitido em 1951.
Em
1948, já depois da extinção do MUD, presidiu à comissão central da
candidatura à presidência da República do general Norton de Matos.
Foi
o primeiro subscritor do Programa para a Democratização da República
(1961), um manifesto da oposição democrática assinado por outras figuras
de grande prestígio nacional, entre as quais Jaime Cortesão.
Na
década de 1950, elaborou vários estudos sobre os solos, clima e aspectos
florestais do Parque da Pena, em Sintra. Muitos
deles foram publicados em livro.
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