EFEMÉRIDE
– Valentim dos Santos de Loureiro, militar, empresário, político e
dirigente desportivo português, nasceu em Viseu no dia 24 de Dezembro de 1938.
Depois
de ter feito o Curso Geral do Comércio na Escola Comercial e
Industrial de Viseu, esteve matriculado no Instituto Comercial do Porto,
acabando por ingressar na Academia Militar, onde completou o Curso
Superior de Administração Militar em 1959. Como oficial do exército, fez
duas comissões de serviço em Angola, onde – em 1965 – foi implicado no chamado “Caso
das Batatas”. Afastado da vida militar entre 1967 e 1980, foi depois reintegrado,
passando à situação de reserva, com a patente de major.
Dedicou-se
à actividade empresarial, nos sectores do comércio, indústria e agricultura,
distinguindo-se também como dirigente desportivo, tendo sido presidente da
direcção do Boavista FC entre 1978 e 1997. É actualmente sócio de mérito
e presidente honorário do clube. Foi igualmente presidente da Liga
Portuguesa de Futebol Profissional entre 1989 e 1994 e, novamente, de 1996 a 2006. Entre 1982 e
1999 foi cônsul da Guiné-Bissau no Porto.
Militante
do Partido Social Democrata desde 1974, ajudou na implementação do
partido no norte do país. Em 1986 e 1991, resolveu – no entanto – apoiar Mário
Soares do Partido Socialista, nas duas candidaturas à presidência da
República. Em 1993, assumiu um papel político mais activo, tendo sido eleito
presidente da Câmara Municipal de Gondomar, renovando os mandatos
em 1997 e 2001. Em 2005, na sequência do seu envolvimento no processo judicial “Apito
Dourado”, o PSD recusou-lhe o apoio, invocando falta de
credibilidade, mas Valentim Loureiro acabaria por renovar o mandato em 2005 e
2009, numa lista independente. Como presidente da Câmara, tinha à sua
disposição um elevador exclusivo com ligação directa a um parque privativo,
podendo assim entrar e sair sem ser incomodado. O elevador só subia até ao
primeiro andar, onde ficava o gabinete da presidência, depois de introduzido um
código secreto. No parque de estacionamento, só cabiam dois carros, o de
Valentim Loureiro e o da filha.
No
âmbito do caso “Apito Dourado”, foi condenado a quatro anos de pena
suspensa, em Julho de 2008. Valentim Loureiro exerceu ainda a presidência da Junta
Metropolitana do Porto, entre 2001 e 2005, e do Conselho de
Administração do Metro do Porto.
Foi
agraciado com o grau de Comendador da Ordem do Mérito por Mário Soares, em
Setembro de 1989, e condecorado com a Medalha de Mérito Desportivo por
Cavaco Silva, em 1990.
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