EFEMÉRIDE - Lídia
Guerreiro Jorge, escritora portuguesa,
nasceu em Boliqueime no dia 18 de Junho de 1946.
Licenciou-se em Filologia Românica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, tendo sido professora do Ensino Secundário. Foi nessa condição que passou alguns anos em Angola e Moçambique, durante o último período da guerra colonial, mas a maior parte da sua carreira docente decorreu em Portugal. Foi professora na Escola Secundária Rainha Dona Leonor, membro da Alta Autoridade para a Comunicação Social e integrou o Conselho Geral da Universidade do Algarve.
Iniciou-se na actividade literária com o romance “O Dia dos Prodígios” (1980). Constituiu um acontecimento importante, num período em que se inaugurava uma nova fase da literatura portuguesa. Desde logo se tornou um dos nomes mais notáveis, nomeadamente na renovação da técnica romanesca. Além do sucesso que obteve a nível nacional, passou a integrar o programa dos concursos de agregação da cadeira de Português, nas universidades francesas.
Mais tarde, seguiram-se os romances: “O Cais das Merendas” (1982) e “Notícia da Cidade Silvestre” (1984), ambos distinguidos com o Prémio Literário Município de Lisboa, o primeiro dos quais em 1983, ex aequo com o “Memorial do Convento” de José Saramago.
A publicação de “Notícia da Cidade Silvestre” (1984) veio confirmar o valor da sua escrita. Diferenciando-se das duas obras anteriores, é um livro despojado, despido da retórica que os outros tinham.
Foi, porém, com “A Costa dos Murmúrios” (1988), livro que reflecte a experiência colonial passada em África, que a autora confirmou o seu destacado lugar no panorama das letras portuguesas. Depois dos romances “A Última Dona” (1992) e “O Jardim sem Limites” (1995), seguiu-se “O Vale da Paixão” (1998), galardoado com o Prémio Dom Dinis da Fundação Casa de Mateus, o Prémio Bordalo de Literatura da Casa da Imprensa, o Prémio Máxima de Literatura, o Prémio de Ficção do P.E.N. Clube e, em 2000, o Prémio Jean Monet de Literatura Europeia (Escritor Europeu do Ano).
Lídia Jorge publicou “O Vento Assobiando nas Gruas” (2002), romance que mereceu o Grande Prémio da Associação Portuguesa de Escritores e o Prémio Correntes d'Escritas. “Combateremos a Sombra”, publicado em Portugal em 2007, recebeu em França o Prémio Michel Brisset 2008, atribuído pela Associação dos Psiquiatras Franceses. Com chancela da Editora Sextante, publicou em 2009, o livro de ensaios “Contrato Sentimental”, reflexão crítica sobre o futuro de Portugal. Seguiu-se-lhe o romance “A Noite das Mulheres Cantoras” (2011) e, em Março de 2014, “Os Memoráveis”.
Lídia Jorge publicou também antologias de contos: “Marido e Outros Contos” (1997), “O Belo Adormecido” (2003) e “Praça de Londres” (2008), além das edições separadas de “A Instrumentalina” (1992) e “O Conto do Nadador” (1992). A sua peça de teatro “A Maçon” foi levada à cena no Teatro Nacional Dona Maria II, em 1997, com encenação de Carlos Avilez. Também foi apresentada nos palcos uma adaptação teatral de “O Dia dos Prodígios” realizada e encenada por Cucha Carvalheiro no Teatro da Trindade, em Lisboa. O romance “A Costa dos Murmúrios” foi adaptado ao cinema por Margarida Cardoso (2004).
Os romances de Lídia Jorge encontram-se traduzidos em mais de 20 línguas, além de edições no Brasil. Têm sido objecto de estudos nos meios universitários portugueses e estrangeiros e da publicação de vários ensaios.
Em Portugal, o presidente da República, Jorge Sampaio, em Março de 2005, condecorou-a com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique. O presidente da República Francesa, Jacques Chirac, em Abril de 2005, condecorou-a como Dama da Ordem das Artes e das Letras de França, sendo posteriormente elevada ao grau de Oficial. Em 2006, a autora foi distinguida na Alemanha, com a primeira edição do Prémio de Literatura Albatroz da Fundação Günter Grass, atribuído pelo conjunto da sua obra. A Universidade do Algarve, em Dezembro de 2010, outorgou-lhe o doutoramento honoris causa. A União Latina, em Maio de 2011, atribuiu-lhe o Prémio da Latinidade João Neves da Fontoura. A Associación de Escritores en Lingua Gallega deu-lhe, em Maio de 2013 o título de Escritora Galega Universal.
Licenciou-se em Filologia Românica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, tendo sido professora do Ensino Secundário. Foi nessa condição que passou alguns anos em Angola e Moçambique, durante o último período da guerra colonial, mas a maior parte da sua carreira docente decorreu em Portugal. Foi professora na Escola Secundária Rainha Dona Leonor, membro da Alta Autoridade para a Comunicação Social e integrou o Conselho Geral da Universidade do Algarve.
Iniciou-se na actividade literária com o romance “O Dia dos Prodígios” (1980). Constituiu um acontecimento importante, num período em que se inaugurava uma nova fase da literatura portuguesa. Desde logo se tornou um dos nomes mais notáveis, nomeadamente na renovação da técnica romanesca. Além do sucesso que obteve a nível nacional, passou a integrar o programa dos concursos de agregação da cadeira de Português, nas universidades francesas.
Mais tarde, seguiram-se os romances: “O Cais das Merendas” (1982) e “Notícia da Cidade Silvestre” (1984), ambos distinguidos com o Prémio Literário Município de Lisboa, o primeiro dos quais em 1983, ex aequo com o “Memorial do Convento” de José Saramago.
A publicação de “Notícia da Cidade Silvestre” (1984) veio confirmar o valor da sua escrita. Diferenciando-se das duas obras anteriores, é um livro despojado, despido da retórica que os outros tinham.
Foi, porém, com “A Costa dos Murmúrios” (1988), livro que reflecte a experiência colonial passada em África, que a autora confirmou o seu destacado lugar no panorama das letras portuguesas. Depois dos romances “A Última Dona” (1992) e “O Jardim sem Limites” (1995), seguiu-se “O Vale da Paixão” (1998), galardoado com o Prémio Dom Dinis da Fundação Casa de Mateus, o Prémio Bordalo de Literatura da Casa da Imprensa, o Prémio Máxima de Literatura, o Prémio de Ficção do P.E.N. Clube e, em 2000, o Prémio Jean Monet de Literatura Europeia (Escritor Europeu do Ano).
Lídia Jorge publicou “O Vento Assobiando nas Gruas” (2002), romance que mereceu o Grande Prémio da Associação Portuguesa de Escritores e o Prémio Correntes d'Escritas. “Combateremos a Sombra”, publicado em Portugal em 2007, recebeu em França o Prémio Michel Brisset 2008, atribuído pela Associação dos Psiquiatras Franceses. Com chancela da Editora Sextante, publicou em 2009, o livro de ensaios “Contrato Sentimental”, reflexão crítica sobre o futuro de Portugal. Seguiu-se-lhe o romance “A Noite das Mulheres Cantoras” (2011) e, em Março de 2014, “Os Memoráveis”.
Lídia Jorge publicou também antologias de contos: “Marido e Outros Contos” (1997), “O Belo Adormecido” (2003) e “Praça de Londres” (2008), além das edições separadas de “A Instrumentalina” (1992) e “O Conto do Nadador” (1992). A sua peça de teatro “A Maçon” foi levada à cena no Teatro Nacional Dona Maria II, em 1997, com encenação de Carlos Avilez. Também foi apresentada nos palcos uma adaptação teatral de “O Dia dos Prodígios” realizada e encenada por Cucha Carvalheiro no Teatro da Trindade, em Lisboa. O romance “A Costa dos Murmúrios” foi adaptado ao cinema por Margarida Cardoso (2004).
Os romances de Lídia Jorge encontram-se traduzidos em mais de 20 línguas, além de edições no Brasil. Têm sido objecto de estudos nos meios universitários portugueses e estrangeiros e da publicação de vários ensaios.
Em Portugal, o presidente da República, Jorge Sampaio, em Março de 2005, condecorou-a com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique. O presidente da República Francesa, Jacques Chirac, em Abril de 2005, condecorou-a como Dama da Ordem das Artes e das Letras de França, sendo posteriormente elevada ao grau de Oficial. Em 2006, a autora foi distinguida na Alemanha, com a primeira edição do Prémio de Literatura Albatroz da Fundação Günter Grass, atribuído pelo conjunto da sua obra. A Universidade do Algarve, em Dezembro de 2010, outorgou-lhe o doutoramento honoris causa. A União Latina, em Maio de 2011, atribuiu-lhe o Prémio da Latinidade João Neves da Fontoura. A Associación de Escritores en Lingua Gallega deu-lhe, em Maio de 2013 o título de Escritora Galega Universal.
Sem comentários:
Enviar um comentário