EFEMÉRIDE
– Juan del Encina, de seu verdadeiro nome Juan de Fermoselle, poeta,
músico, compositor e dramaturgo espanhol, nasceu em Encina de San Silvestre
(Salamanca), em 12 de Julho de 1468. Morreu em Leão no dia 30 de Agosto de
1529. Segundo diversos autores, ele compartilha a paternidade do teatro ibérico
com o português Gil Vicente. Estudou na Universidade de Salamanca.
Grande
humanista, músico e cantor, a maior parte da sua obra lírica, escrita antes de
1500, foi feita com a intenção de ser cantada. A sua poesia divide-se entre a
profana e a sagrada, considerando a generalidade dos críticos que a primeira se
sobrepõe à segunda em termos de inspiração. É caracterizado por um certo gosto
popular e muita imaginação.
Viveu
na época dos Reis Católicos e, a partir de 1492, esteve ao serviço do 2º Duque
de Alba, Don Fadrique de Toledo, organizando festas, escrevendo comédias e
compondo música.
Esteve
em Itália, onde cantou para o Papa Leão X. De volta a Espanha, foi nomeado
arcediago em Málaga. Fez
várias viagens entre Espanha e Roma (1510/19, tendo sido ordenado padre em
1518. No ano seguinte, foi em peregrinação a Jerusalém, onde disse a sua
primeira missa no Monte Sinai. Fixou-se depois em Leão para ser prior da
catedral.
Pertence,
com Juan de Anchieta entre outros, à primeira época do que se convencionou
chamar a “escola polifónica” castelhana, uma das mais importantes de
Espanha e que representa o melhor da tradição polifónica deste país.
Entre
as suas catorze peças dramáticas, que marcaram uma transição entre dramas
religiosos e peças puramente profanas, realça-se “Triunfo de la fama”
(1492), que comemora a queda de Granada. Em 1496, publicou “Cancionero”,
uma recolha de poemas dramáticos e líricos. Escreveu também um tratado em prosa
(“Arte de trobar”) sobre a condição da arte poética em Espanha.
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