EFEMÉRIDE
– Aléxis Tsípras, político grego, líder da Coligação da Esquerda
Radical (Syriza) e primeiro-ministro da Grécia desde 26 de Janeiro
de 2015, nasceu em Atenas no dia 28 de Julho de 1974.
Em
Maio de 2012, recebeu mandato do presidente para formar governo. No dia
anterior, Antónis Samarás do partido Nova Democracia desistira da mesma
tentativa. No entanto, Tsípras também falhou e foram marcadas novas eleições,
as quais deram a vitória à Nova Democracia que formou Governo com o Pasok.
Aléxis Tsípras foi então líder da oposição, de 2012 a 2015.
O Syriza
ganhou as eleições legislativas da Grécia em Janeiro de 2015 e o seu líder,
Aléxis Tsípras, foi nomeado primeiro-ministro, formando um governo de coligação
entre os partidos Syriza e Gregos Independentes.
Aléxis
Tsípras possui um diploma de engenharia civil e é autor de alguns estudos de
pós-graduação em planeamento urbano e regional. Trabalhou como engenheiro civil
no sector de construções e fez vários estudos e projectos sobre a cidade de
Atenas.
Juntou-se
à esquerda, ainda como estudante do ensino médio, nas fileiras da Juventude
Comunista da Grécia e foi muito activo durante as mobilizações em 1990/91.
Como estudante da universidade, ingressou no movimento renovador da esquerda
e foi membro do conselho executivo da União da Faculdade de Engenharia Civil
de Atenas. Actuou ainda como representante dos estudantes no Senado
Universitário. Foi eleito membro do Conselho Central da União Nacional
de Estudantes da Grécia durante o período 1995/97.
Em
1999, foi eleito secretário da Juventude do Synaspismos, cargo que
ocupou até o 3.º congresso da organização, em Março de 2003. Tomou parte activa
no processo de criação do Fórum Social Grego e assistiu a todas as
marchas e protestos internacionais contra a globalização neoliberal. No 4.º
congresso da Synaspismos, em Dezembro de 2004, foi eleito para o comité
central do partido, onde foi responsável pelas questões de educação e
juventude.
Nas
eleições municipais de 2006, foi apoiado pelo Synaspismos e pelas forças
aliadas do Syriza. Encabeçou a lista “cidade aberta” que ficou em 3º
lugar, atrás da Nova Democracia e do Pasok. Foi eleito para o
cargo de presidente do Synaspismos durante o 5 º Congresso do partido
(Fevereiro de 2008). Foi eleito membro do Parlamento nas eleições nacionais de
2009 e, desde então, dirigiu o grupo parlamentar do Syriza.
Em 2015, a Grécia convocou
eleições antecipadas depois do candidato do governo à presidência, Stavros
Dimas, não ter sido eleito na terceira votação parlamentar.
Com
o avanço do Syriza nas sondagens, a Bolsa de Atenas e o euro sofreram
quedas, mas isso não impediu Tsípras de reunir mais de 50 mil pessoas num
comício, em Atenas, dois dias antes das eleições. Em 25 de Janeiro, o Syriza
venceu e, no dia seguinte, Tsípras foi empossado como primeiro-ministro.
Como
primeiro acto oficial, prestou homenagem às vítimas da Wehrmacht no memorial
de Kaisariani. Prestou juramento na presença do presidente da República
Károlos Papoúlias, em 26 de Janeiro de 2015, durante uma cerimónia civil,
acontecimento inédito porque na história de República Helénica o juramento
desenrolava-se sempre durante uma cerimónia religiosa ortodoxa.
Forma
o seu governo no dia seguinte, depois de ter constituído uma coligação
parlamentar com os Gregos Independentes, um partido de direita. O
governo foi constituído na maioria por personalidades inéditas, algumas das
quais universitárias. A pasta da Defesa Nacional foi entregue ao líder
do partido de coligação, o conservador e nacionalista Pános Kamménos. O executivo
tem doze ministros e nenhuma mulher. Tsípras foi o primeiro chefe de governo a
recusar fazer o juramento sobre a Bíblia.
Depois
de um primeiro semestre marcado por negociações tumultuosas com os credores da
Grécia, Tsípras anunciou a realização de um referendo, onde os cidadãos gregos
deveriam ou não aceitar as propostas feitas. Fez campanha pelo “Não”, que
ganhou com mais de 60% dos votos. Em 13 de Julho, porém, foi assinado um acordo
entre a Grécia e os credores, comportando numerosas medidas de austeridade e
privatizações, para desbloquear novos créditos nos meses seguintes. Apesar de
se afirmar em desacordo com o espírito das medidas, Aléxis Tsípras assumiu a
responsabilidade de «assinar um texto em que não acredita, mas que se tornou
necessário para evitar um mal maior».
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