quarta-feira, 29 de julho de 2015

29 DE JULHO - EYVIND JOHNSON

EFEMÉRIDE – Eyvind Johnson, de seu verdadeiro nome Olof Edvin Verner Jonsson, escritor sueco, nasceu em Svartbjörnsbyn no dia 29 de Julho de 1900. Morreu em Estocolmo, em 25 de Agosto de 1976. Foi laureado com o Prémio Nobel de Literatura em 1974, ex aecquo com Harry Martinson, num ano em que também estavam nomeados Vladimir Nabokov, Saul Bellow, Graham Greene e Jorge Luis Borges.
Nasceu numa pequena aldeia, no seio de uma família muito pobre. O pai trabalhava num estaleiro ferroviário. Em virtude das condições precárias em que viviam, aos 4 anos de idade, foi colocado numa família de acolhimento.
Frequentou a escola até aos 13 anos, sendo esta a única formação escolar que recebeu em toda a sua vida. Começou a trabalhar aos catorze, em pequenos ofícios. Em 1917, juntou-se ao movimento sindical, tornando-se depois militante socialista a tempo inteiro e passando a viver em Estocolmo.
De 1921 a 1923, esteve em Berlim e depois em Paris, onde subsistiu com pequenos ordenados pagos por jornais socialistas. Em 1924, publicou a sua primeira recolha de novelas e, no ano seguinte, um romance. 
Voltou depois a França, tendo vivido num prédio modesto em Saint-Leu-la-Forêt, onde escreveu mais dois romances (1927 e 1928). Do período em que esteve em França, notam-se influências de Marcel Proust e André Gide.
A obra de Johnson denota várias pesquisas inovadoras no plano de narração e de linguagem, misturando a denúncia das injustiças da época e uma indomável confiança no progresso social e na renovação da alma humana. Este optimismo foi certamente impulsionado pelas fortes convicções de homem de esquerda. Os seus livros, as suas reflexões e os seus raciocínios fizeram dele uma instância moral e uma consciência desperta acerca de acontecimentos do seu tempo.
Em “Bobinack ” (1932), ele tentou conciliar a crítica social de inspiração utópica e marxista com uma fé profunda no Homem. Em “O Romance de Olof”, editado em 1945, ele dedica-se a um registo mais autobiográfico.
Nos anos 1940, tomou partido contra as ditaduras e todas as formas de opressão política, apoiando por exemplo as reivindicações autonómicas da Finlândia. Através de trilogia romanesca “Krilon” (1941/43), criticou abertamente a neutralidade sueca durante a Segunda Guerra Mundial. Escreveu seguidamente ”Feliz Ulisses” (1946), livro que parodia com irreverência o célebre poema de Homero (“Odisseia”).
Tendo-se tornado um escritor muito popular pelo seu engajamento e humanismo, foi eleito para a Academia Sueca em 1957. O Nobel foi-lhe atribuído em 1974 «pela sua arte de narração, que atravessa as terras e os tempos, para se pôr ao serviço da liberdade». Faleceu dois anos depois.
Na Suécia, traduziu as obras de Gustave Flaubert, Anatole France, Jules Verne, Albert Camus e Jean-Paul Sartre.

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