EFEMÉRIDE
– Maria João Alexandre Barbosa Pires, pianista portuguesa, nasceu em
Lisboa no dia 23 de Julho de 1944. Tem igualmente a nacionalidade
brasileira desde 2010.
Aprendeu
muito cedo a tocar piano, tendo dado o seu primeiro recital aos cinco anos de idade.
Aos sete, tocou publicamente concertos de Mozart. Com nove anos, recebeu o Prémio
da Juventude Musical Portuguesa. Entre 1953 e 1960, estudou no Conservatório
de Lisboa. Prosseguiu os estudos musicais na Alemanha, primeiro na Musikakademie
em Munique e depois em Hanôver.
Tornou-se
conhecida internacionalmente ao vencer o Concurso Internacional do
bicentenário de Beethoven em 1970, que se realizou em Bruxelas.
Fez
numerosas digressões, onde interpretou obras de Bach, Beethoven, Schumann,
Schubert, Mozart, Brahms, Chopin e muitos outros compositores dos períodos
clássico e romântico. Maria João Pires é convidada com regularidade pelas
grandes orquestras mundiais para tocar nas melhores salas de concerto,
apresentando-se regularmente na Europa, Canadá, Japão, Israel e Estados Unidos.
Tem
desenvolvido actividade tanto a nível individual (recitais, concertos e
gravações) como em música de câmara. Dos numerosos êxitos discográficos,
destacam-se: as gravações “Moonlight”, com sonatas de Beethoven; “Le
Voyage Magnifique”, integral dos “Impromptus” de Schubert; nocturnos
e outras obras de Chopin; e os trios de Mozart, com Augustin Dumay (violino) e
Jiang Wang (violoncelo).
Foi
a fundadora e dirigente do Centro de Belgais para o Estudo das Artes, no
concelho de Castelo Branco, de cariz pedagógico, cultural e social. A pianista
deixou o Centro em 2006, quando se mudou para o Brasil. Na ocasião, declarou à
rádio Antena 2 «ter sofrido muito ao tentar implementar o seu
projecto em Portugal». As actividades do Centro de Belgais foram
encerradas em 2009.
No
Brasil, adquiriu uma casa em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de
Salvador, estado da Bahia, onde passou a residiu em 2008. Viveu depois na
Suíça, perto de Delémont. Desde Setembro de 2012, é Maître en Résidence
na Capela musical Rainha Elisabeth (Waterloo, Bélgica), onde ensina
piano a jovens músicos de alto nível.
Em
Agosto de 1983 foi feita Dama da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada,
em Fevereiro de 1989 recebeu a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique e
em Junho de 1998 foi elevada a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da
Espada. Recebeu o Prémio Pessoa em 1989. Em 2007, recebeu a Medalha
de Ouro do Mérito das Belas-Artes atribuída pelo governo francês.
Desempenhou alguns papéis como pianista em filmes de Manoel de Oliveira.
Foi
casada com o fadista João Ferreira Rosa, antes de se casar com Ernst Ortwin
Noth, com quem teve duas filhas.
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