EFEMÉRIDE
– Francisco José Galopim de Carvalho, cantor português, morreu em
Lisboa no dia 31 de Julho de 1988. Nascera em Évora, em 16 de Agosto de
1924.
Iniciou
a sua carreira no liceu onde estudava, quando se apresentou na festa de
finalistas realizada no Teatro Garcia de Resende. Os seus colegas
inscreveram-no depois num programa da rádio que existia na altura, dirigido por
Igrejas Caeiro.
Voz
romântica por excelência, Francisco José foi uma das revelações do Centro de
Preparação de Artistas da Rádio da Emissora Nacional e um dos nomes
mais populares da canção ligeira dos anos 1950. Dois dos seus maiores
sucessos foram “Olhos Castanhos” (1951) e “Guitarra Toca Baixinho”
(1973).
Profissionalizou-se
aos 24 anos de idade, tendo interrompido o curso de Engenharia, quando
estava no terceiro ano. A maior parte da sua carreira artística foi passada no
Brasil, para onde embarcou em 1954.
Até
1960, actuou essencialmente para a comunidade portuguesa radicada no Brasil e
só em 1961 conseguiu gravar um primeiro disco, uma nova versão de “Olhos
Castanhos” que atingiu um sucesso sem precedentes, vendendo um milhão de
cópias. Em pouco tempo, Francisco José tornou-se uma vedeta no Brasil e o
artista português mais popular de sempre naquele país, onde residiu quase
ininterruptamente até aos anos 1980.
No
entanto, vinha regularmente a Portugal onde, em 1964, foi protagonista de um
“incidente”, ao revelar – em directo e num programa de variedades – que os
artistas portugueses eram mal pagos pelas suas participações em programas
televisivos, enquanto os artistas internacionais recebiam pequenas fortunas.
Não voltou a actuar na televisão portuguesa até 1980.
Regressado definitivamente a Portugal, lançou
em 1983 o seu último disco, “As Crianças Não Querem a Guerra”.
Faleceu cinco anos depois. Era irmão do famoso geólogo Galopim de Carvalho,
conhecido pela sua acção em defesa dos vestígios de dinossáurios.
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